São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
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Adversário usa 3-5-2 com líbero

DA REPORTAGEM LOCAL

O time chileno faz uso de um esquema tático pouco usual na América do Sul: o 3-5-2 (três jogadores na defesa, cinco no meio-campo e dois no ataque).
O zagueiro Fuentes, um dos destaques do time no Mundial, atua como líbero. Ao seu lado, jogam Reyes (pela direita) e Margas (pela esquerda), fechando a defesa.
Os alas Villarroel e Rojas compõem um bloco no meio-campo, que conta com Parraguez ou Musrri, Acuña e Sierra ou Estay.
O ataque dispõe de dois dos melhores homens de frente da atualidade: Zamorano e Salas.
O técnico Nelson Acosta, em sua preparação para o Mundial, teve maior preocupação com seu sistema defensivo, já que nas eliminatórias para a Copa era o setor mais frágil da equipe.
A opção pelo 3-5-2, um esquema mais utilizado pelos europeus, deixou a equipe mais compacta. O agrupamento de jogadores no meio-campo permite uma proteção maior à defesa e uma chegada mais consistente ao ataque.
Mesmo assim, a defesa chilena levou quatro gols nesta Copa. E o ataque do time não conseguiu marcar mais gols na competição do que a defesa sofreu.
Contra o Brasil, no sábado, o esquema deverá ser mantido, mudando apenas os três jogadores, que estão suspensos: Villarroel, Rojas e Parraguez. Eles darão lugar provavelmente a Cornejo, Ramírez e Musrri.
O técnico Acosta promoveu a entrada do meia Sierra, que já atuou pelo São Paulo, para municiar melhor os atacantes com seus lançamentos.
As jogadas de bola parada, um dos pontos fortes do time (três dos quatro gols saíram desse tipo de lance), ganham bastante com a entrada de Sierra, autor do gol de falta que classificou a equipe para as oitavas-de-final.
Outra grande opção de ataque é o avanço do lateral-esquerdo Rojas, mas ele não enfrentará o Brasil neste sábado.

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