São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sucessão de cardeais; Maluf e Scalco; Derrota do Brasil; Morte de Leandro; Poupança; Explicação de Covas; Magia do futebol; Demitidos; Cópias; Extrativismo na Amazônia; Centavos desprezados

Sucessão de cardeais
"A reportagem 'Católicos terão novos cardeais', publicada em 21/6 na pág. 1-17 (Brasil), dá a entender que a Arquidiocese de São Paulo e o padre Fernando Altemeyer Jr., do Vicariato da Comunicação, criticam negativamente o papa, como se não respeitasse o Código de Direito Canônico por ocasião da sucessão dos cardeais brasileiros, quando o cânon 401 afirma que o papa não tem prazo determinado para nomear um bispo sucessor.
O Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo aproveita a ocasião para manifestar seu amor pelo santo padre e seu respeito pelas decisões de Roma."
Arnaldo Beltrami, vigário episcopal de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

Maluf e Scalco
"A informação publicada no 'Painel' (pág. 1-4, Brasil) de 22/6, de que Paulo Maluf 'vive' desancando Euclides Scalco, não é verdadeira. O ex-prefeito de São Paulo nunca disse nada de desabonador sobre o ex-deputado do Paraná, não há nada publicado sobre isso em lugar nenhum e, se alguém disse ao redator do 'Painel' que isso aconteceu, trata-se simplesmente da tentativa de plantar uma notícia falsa. Bem-sucedida, infelizmente."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Kennedy Alencar, editor do "Painel" - Maluf critica, em conversas reservadas com jornalistas, a indicação de Euclides Scalco para a coordenação da campanha de FHC.

Derrota do Brasil
"Fizeram tudo para prejudicar Marrocos, que tramóia! A mala preta foi para o Brasil ou foi para o juiz?"
Áureo Garcia Ribeiro Filho (Dourados, MS)

Morte de Leandro
"Obrigado, Leandro. Você se vai. Sentimos sua perda. Aplaudimos sua partida. Aplausos, por favor, mais aplausos! Sua missão... cumprida! Cantando os sonhos de todos nós!"
Silvio Ribeiro (São Paulo, SP)
*
"Obrigado, Leandro, por ser um goiano tão ilustre e dizer tanto isso ao mundo. Goiânia chora sua morte."
Emerson Rodrigues de Oliveira (Goiânia, GO)

Poupança
"Pelo menos R$ 50 dos R$ 404,3 milhões que o governo arrecadou com sua operação de 'caça às contas fantasmas' -revelada pela Folha em 17/6- eram meus por direito assegurado na Constituição.
Sendo uma estudante universitária, para quem R$ 50 fazem uma razoável diferença na hora de comprar livros, eu pergunto: teria o governo o direito de me chamar de 'fantasma', enquanto sonegações fiscais de valores estratosféricos continuam ocorrendo desmedidamente?"
Ana Carolina Spinelli (São Paulo, SP)

Explicação de Covas
"No último programa 'Roda Viva' (Rede Cultura), anteontem, o governador Mário Covas esquivou-se de explicar como os servidores da educação, há nove meses sem o plano de carreira prometido, podem receber salário-base de R$ 47 e vale-refeição de R$ 2, com mais de 20 anos de serviços.
Diante do demonstrativo de pagamento apresentado, o governador rodou, rodou... e, tonto de tanto rodar, preferiu citar estatísticas do magistério e do sistema de avaliação escolar, provando que, além da memória, lhe faltam muitas respostas."
Marcelo de Mattos (Santos, SP)

Magia do futebol
"Irã e EUA deixaram de lado uma rivalidade de quase 20 anos graças a uma partida de futebol. Que magia tem o esporte que faz com que inimigos troquem gentilezas, flores, cumprimentos? Magia não há.
Acontece que eles, na realidade, nunca quiseram a guerra e não querem ser inimigos. Mas nunca haviam tido tempo para sentar e conversar, ou para jogar uma 'pelada' no fim-de-semana."
Jurandir Hermes Fonseca Junior (Curitiba, PR)

Demitidos
"Como a sra. Cláudia Costin, secretária-executiva do Ministério da Administração, gastou 45 segundos para tirar um atestado de bons antecedentes criminais em Salvador, no SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), bem poderia gastar 60 segundos no Ministério da Administração para analisar cada um dos casos de 40 mil demitidos de empresas estatais injustamente, por motivos políticos e empresariais, sem direito de defesa, no governo do ex-presidente Fernando Collor, em 1991.
Quarenta mil demitidos de empresas estatais são também cem votos de influência por demitido, ou seja, 4 milhões de votos a favor ou contra a reeleição do atual presidente da República, Fernando Henrique Cardoso."
Nilton Avelino Boeri (São Paulo, SP)

Cópias
"Nas reportagens sobre xerox de livros e estudantes universitários, todas as luzes para os prejuízos de editores e escritores e para os lucros dos xeroqueiros. Soluções para os estudantes? Nada.
Ensine-se a meninada a frequentar e utilizar bibliotecas. Ou esculhambem-se a falta e/ou defasagem das bibliotecas públicas, de universidades etc."
Maria Guimarães Sampaio (Salvador, BA)

Extrativismo na Amazônia
"O governador do Estado do Amapá, João Capiberibe, em seu artigo na Folha de 15/6 ('A má vontade que queima a Amazônia', pág. 1-3, Opinião), não foi muito bem assessorado para sua defesa do extrativismo: dos quatro novos produtos mencionados, apenas o açaí vem em parte considerável do extrativismo. A pupunha e o guaraná são espécies domesticadas, que não ocorrem na mata, e o cupuaçu passou, faz tempo, do extrativismo para o cultivo. Além do açaí, o extrativismo conta com a castanha.
O extrativismo de produtos não madeiráveis é importante, mas a produção de madeira de lei, com meios simples, pelos habitantes do interior, tem um potencial de geração de renda ainda bem maior. A madeira pode ser produzida sem destruir a floresta, conta com um mercado ilimitado, fornece trabalho durante todo o ano e não é perecível, aspecto importantíssimo com as enormes distâncias e dificuldades de transporte da Amazônia."
Johannes van Leeuwen, pesquisador agroflorestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM)

Centavos desprezados
"O brasileiro, ao contrário do que ocorre hoje no mundo, parece ainda estar vivendo sob os efeitos de época recente, em que o nosso dinheiro nada valia.
Hoje, lá fora o real é aceito e respeitado. Aqui, porém, nós o tratamos como se fosse um pedaço de papel sem valor. Se assim não é, como explicar que na maioria das casas comerciais, troco de um, dois, três ou quatro centavos não existe e nós, os clientes, nada fazemos? Aceitamos pagar esse valor a mais, assim raciocinando: 'Ah! Dois centavos não vão me fazer falta'.
A legislação manda que, se a empresa não dispuser de troco, terá de cotar o preço para baixo e não para cima, com a retenção do troco."
Edmir Pelli (Aracaju, SE)

Texto Anterior: As mulheres e o poder
Próximo Texto: ERRAMOS
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.