São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 1998 |
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Advogados são ameaçados de morte no interior de SP
ANDRÉ LOZANO
Aos advogados foi dado prazo até amanhã para deixarem Araçatuba, cidade onde vivem. Edna e Donizete advogaram no caso do assassinato de Antônio Porfírio dos Santos, torturado e morto por três policiais civis. Os policiais foram condenados. Santos teria sido morto porque havia denunciado que outros policiais tinham estuprado sua mulher e o espancado, em maio de 1986. O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Araçatuba, para o qual Edna e Donizete prestam assistência jurídica, também está denunciando o suposto envolvimento de um PM de Birigui, cidade vizinha, em casos de tortura e de abuso de autoridade. Na madrugada do último dia 14 (domingo) os irmãos receberam a primeira ameaça. "A pessoa disse que conhecia nossa rotina. Para intimidar mais, jogou duas bombas de fabricação caseira no quintal. Disse que nós tínhamos 15 dias para deixar a cidade", contou Donizete. Ontem o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Renato Simões, encaminhou carta ao secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, solicitando proteção aos advogados, que dizem que não vão deixar a cidade. O fato foi comunicado também à Procuradoria Geral de Justiça. Texto Anterior: Discussão é irrelevante, diz vereador Próximo Texto: Laje cai e fere fere 10 na cidade cenográfica da TV Globo Índice |
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