São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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Roberto Carlos lidera em atuações

DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo melhor do mundo deixa de ser coadjuvante e se recupera em partida marcada por jogadas pelas laterais

O segundo melhor jogador do mundo, o lateral-esquerdo Roberto Carlos, 25, que tinha se tornado um coadjuvante do lateral-direito Cafu, voltou a aparecer na partida de ontem, contra o Chile.
Ele foi o jogador com mais atuações na partida (93), segundo levantamento do Datafolha.
Enquanto Cafu recebia a bola em média 51,3 vezes por jogo na primeira fase (8º índice da Copa), Roberto Carlos havia sido "presenteado" só 42 vezes (29º no total).
Cafu, com 71 atuações, recebeu 46 na partida de ontem. Roberto Carlos superou também esse índice, com 48 bolas recebidas, em um jogo que se caracterizou pelas jogadas pelas laterais, de forma equilibrada.
Contra a Noruega, Roberto Carlos teve 40 bolas recebidas, com 68 atuações. Cafu, com 75 atuações, recebeu 52 bolas.
Na partida anterior, contra Marrocos, Cafu teve 86 atuações e 58 bolas recebidas, contra 69 atuações e 41 bolas recebidas de Roberto Carlos.
Na estréia, foram 89 atuações de Cafu e 44 bolas recebidas. Roberto Carlos teve 73 atuações e recebeu 45 bolas.
Nos 23 cruzamentos na área feito pela equipe brasileira ontem, Roberto Carlos esteve à frente, com 7, seguido de Cafu, com 6, o que comprova o equilíbrio.
Roberto Carlos foi destaque também nas finalizações, ao lado de Ronaldinho, o primeiro do mundo. O lateral finalizou 4 vezes, contra 5 do atacante.
O Brasil teve, no total, 14 finalizações a gol (a média da seleção era de 13,3), contra 13 do Chile (média de 10,3).
O Brasil cometeu 19 faltas na partida, bem acima de sua média, que era de 10,3. O Chile, que tinha uma média de 15 por jogo, cometeu 11.
Em acerto de passes, o Brasil, com 81%, ficou abaixo de sua média na Copa, de 86,2%.
Um dos pontos fortes da seleção brasileira ontem foram os desarmes. O Brasil conseguiu 182, contra uma média 139,3 -ou seja, quase 43 a mais.
O jogador que mais desarmou na partida foi zagueiro Júnior Baiano, com 25, seguido do volante César Sampaio, com 24.
Em lançamentos, Leonardo (7) e Dunga (5) lideraram a estatística. Com média de 25 lançamentos na Copa, ontem o Brasil tentou 21.
A seleção brasileira esteve abaixo em sua média de passes por jogo (484), fazendo no total 409 ontem.
O atacante Ronaldinho, com 31,3 bolas recebidas por jogo, ontem recebeu 33.
O retorno do volante César Sampaio ao time -ele havia cumprido suspensão contra a Noruega por ter recebido dois cartões amarelos- deixou o capitão Dunga mais livre para armar as jogadas.
Com César Sampaio mais na marcação, Dunga foi o jogador mais acionado do Brasil, com 50 bolas recebidas.
Mesmo marcando mais -ele tinha uma média de 12 desarmes por jogo e só no primeiro tempo conseguiu 24, o dobro-, César Sampaio conseguiu, no primeiro tempo, dobrar sua média de finalizações por jogo na Copa. Fez duas, convertendo em dois gols.
Contra a Noruega, na partida anterior, sem César Sampaio, com Denílson jogando mais à frente e Leonardo recuado, ao lado de Dunga, no setor defensivo do meio-campo, a seleção, que esperava ser mais ofensiva, acabou tendo um futebol improdutivo.
Ontem, conseguiu ser mais forte na marcação e nas faltas, cometendo mais faltas no gramado molhado pela chuva no estádio Parc des Princes.
O meia Leonardo foi o que mais perdeu bolas (11).

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