São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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Marrom dá o tom

MARCELO LIMA

Tapetes em fibras naturais e madeiras escuras revisitam os padrões de décadas passadas
Marrom e preto como cores básicas, madeiras escuras nos móveis e nos pisos, tapetes e revestimentos em fibras naturais. Com pequenas variações, essa é a atual cartilha de estilo entre os decoradores e designers.
A julgar pelas mostras de decoração na cidade, como a Mostra Artefacto e, mais recentemente, a Casa Cor, a fórmula parece ser válida para decorar qualquer ambiente, seja qual for o tamanho ou função.
Também para os móveis, contrastar madeiras escuras e tecidos claros, ou vice-versa, é a atual "moda" .
No último Salão do Móvel de Milão era grande a oferta de peças com desenho bastante simplificado, que ganhavam realce pela combinação bem sucedida dos dois materiais.
"Não se trata de um mero modismo. Os tecidos naturais, atualmente bastante valorizados, se ajustam melhor às variedades escuras de madeira. O marfim, por exemplo, não produz contraste em combinação com tons crus", explica a designer Baba Vacaro.
Para o arquiteto Roberto Negrete, não se trata propriamente de uma novidade em termos de estilo. O que se vê é um "revival" das duas últimas décadas, bastante amenizado pela exigência de conforto típica dos anos 90.
"Carpetes marrons, acrílicos e cromados são referências claras aos anos 70. Já o contraste entre o preto e o branco e o alumínio apontam para os anos 80. A diferença é que, agora, os mesmos conceitos reaparecem revestidos de preocupações ecológicas e compõem ambientes menos pretensiosos."
Como exemplo, ele cita a intensa utilização dos laminados de madeira no revestimento de móveis e paredes. "A fórmica foi usada com a mesma finalidade nos anos 70. Em alta hoje, os laminados de madeira reproduzem o mesmo princípio, mas o enfoque é outro. Não se trata mais de valorizar o sintético, mas de realçar o natural", afirma.

Onde encontrar:
Mostra Artefacto de Decoração: r. Haddock Lobo, 1.405, tel. 3061-5855. De segunda a sexta, das 9h às 20h e aos sábados, das 9h às 17h. Entrada franca.

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