São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998
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Cadê Za-Sá?

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

A Copa-98 está se curvando ao ataque de um homem só. Seja porque as táticas 3-6-1 ou 4-5-1 têm predominado, seja porque os poucos times que ainda usam o 4-4-2 ou o 3-5-2 não apresentaram duplas ofensivas eficientes.
No Brasil, a contusão de Romário implodiu a tão festejada dupla Ro-Ro. Seu substituto, Bebeto, depois de quatro jogos, mal consegue se manter entre os titulares -um volante transformou-se no máximo goleador do time...
Na Itália, o artilheiro Vieri brilha solitário, compensando a timidez de seu parceiro, Del Piero -talvez a maior decepção da Copa depois do pálido Ronaldinho.
Isso se repete com Argentina (Batistuta, 4 gols; López, 0), Chile (Salas, 4; Zamorano, 0), França (Henry, 3; Trezeguet, 1) e Inglaterra (Shearer, 1; Sheringham, 0, até já foi barrado).
Nesse sentido, somente uma dupla de atacantes está sobrevivendo ao hype no Mundial da França: os alemães Bierhoff e Klinsmann, cada um com 3 gols. A Alemanha, aliás, tem o ataque mais constante da competição: marcou duas vezes em cada uma das quatro partidas que disputou.

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