São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998 |
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Tensão permanece em concentração argentina
RODRIGO BERTOLOTTO
Os jogadores continuam a negar falar com a imprensa, a não ser duas vezes por semana, em entrevistas coletivas cujo o mediador é o capitão da equipe, Diego Simeone, que aponta quem vai perguntar para os membros da delegação. Mas quem complicou mais o ambiente foi o zagueiro José Chamot, que insultou um jornalista da rádio Continental, de Buenos Aires. "Você quer arrumar confusão. Eu vou arrebentar a sua cara", disse Chamot para o radialista, que queria saber porque o jogador deu uma entrevista exclusiva para o canal espanhol TVE. Ontem, Passarella disse, por meio do assessor de imprensa, que tentou marcar uma reunião com o jornalista para consertar as coisas. A delegação se fechou ainda mais quando começaram a circular boatos de brigas entre Batistuta e Ortega, de um doping positivo de Verón e de que o goleiro Burgos seria cortado por contusão. Para evitar declarações que possam desestabilizar a equipe, os jogadores só falam em conjunto, com os 22 atletas em um anfiteatro. Um presenciando as declarações do outro, para que não haja espaço para desentendidos. Nas coletivas, as perguntas pessoais recebem resposta sempre reafirmando o grupo. Foi nesse clima que Ortega declarou não ter visto o jogo entre Argentina e Inglaterra na Copa de 86. "Eu não vi, porque em minha cidade (Ledesma, fronteira com a Bolívia) tinha acabado a luz." Já o goleiro Roa afirmou ter estado em uma pescaria na hora do jogo em que Maradona marcou um gol com a mão e outro em que driblou seis adversários. (RB) Texto Anterior: Técnico inglês acha 'time ideal' Próximo Texto: Romênia e Croácia fazem confronto 'à brasileira' Índice |
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