São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998
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ESTILO BONNARD

AMIR LABAKI
DE NOVA YORK

Pierre Bonnard foi sempre um homem recluso. Deu poucas entrevistas e escreveu pouco. Seus diários de maturidade são telegráficos, registrando pouco mais que aforismas sobre arte e comentários sobre o tempo. Sua correspondência com Matisse foi uma rara porta aberta ao mundo.
Ainda assim, é possível compilar algumas de suas declarações. Abaixo, Bonnard por Bonnard:
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Natureza: "O que é belo na natureza não o é sempre na pintura" (1932).
Naturalismo: "Falso é destacar uma parte da natureza e copiá-la".
Impressionismo: "Quando eu e meus amigos adotamos o programa de cores do impressionismo, baseamo-nos nisso porque queríamos ir além das impressões naturalistas de cores (...). Mas os desenvolvimentos se anteciparam, a sociedade estava pronta para aceitar o cubismo e o surrealismo antes que tivéssemos alcançado nosso objetivo (...). Descobrimo-nos pendurados em pleno ar" (1937).
Método: "Tenho todos os meus assuntos à mão. Vou e olho para eles. Tomo notas. Então volto para casa. E, antes de começar a pintar, eu penso, eu sonho" (1942).
(AL)

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