São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998 |
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Choques no Iêmen matam 50 e ferem 200
PAULO DANIEL FARAH
Para cumprir um acordo de reformas econômicas, em coordenação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Banco Mundial, o governo iemenita elevou em até 40% o preço do combustível, do gás de cozinha e de alguns alimentos. Grupos tribais enfrentam tropas do Exército em diversas partes do país. Eles bloquearam a estrada que liga a Província de Marib (leste) à capital, onde ocorreram os piores choques. Emboscada Entre os mortos da semana passada estão 21 soldados, dos quais 13 foram pegos de surpresa quando voltavam para casa de licença. Eles caíram em uma emboscada feita por integrantes de uma tribo armados de metralhadoras. Na semana passada, o primeiro-ministro do Iêmen, Abdul Karim al Iriani, qualificou os distúrbios de "atos premeditados que tendem a desestabilizar o país". Milhares de estudantes da Universidade de Sanaa foram às ruas e disseram que era uma "manifestação pacífica contra as políticas governamentais que alvejam os famintos e os pobres". As forças de segurança prenderam várias pessoas por "incitação à desordem", segundo o Ministério do Interior. Já no primeiro dia de protestos, o governo proibiu a aglomeração de pessoas e interrompeu o funcionamento dos telefones celulares, para impedir que os manifestantes se comunicassem. Reforço nas tropas O presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, ordenou ontem o envio de tropas adicionais para Marib, para combater os distúrbios. O governo proibiu aos partidos de oposição a participação nas passeatas. Eles exigem que o aumento dos preços sejam reconsiderados e planejam organizar um protesto hoje na Província de Hadramaut. Sofrem, porém, ameaças de represália caso participem de atos violentos. Os oleodutos que ligam os campos de petróleo de Marib ao mar Vermelho vêm sendo alvo de bombardeios. Com agências internacionais Texto Anterior: Chineses descobrem lado afável de Jiang Próximo Texto: Raio-x do Iêmen Índice |
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