São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998 |
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Papéis invertidos
LUIZ CAVERSAN Rio de Janeiro - Esse negócio de presidente candidato ou candidato presidente não podia dar certo mesmo: o homem já está se confundindo.Veja o leitor que ontem ele esteve mais uma vez por aqui, pelo que se informou oficialmente como presidente, para inaugurar parte do porto de Sepetiba. O novo porto, localizado ao sul do Estado, a caminho de Angra dos Reis, é realmente importante para o desenvolvimento regional, vai servir de escoamento para importações/exportações do Mercosul e quem sabe empurrar a economia local rumo à tão almejada recuperação. Ou seja, bom que se criem empreendimentos dessa natureza. O problema é que a parte do porto que foi inaugurada ontem teve suas obras aceleradas em nada menos que quatro meses, dando assim uma excelente oportunidade para que se criasse um evento político-eleitoral. Além disso, só entrará em operação plena -se entrar...- em dezembro, quando a eleição for coisa do passado. Mas armou-se o palanque eleitoral. Tanto que o Fernando Henrique presidente, que ali estava para inaugurar um porto e falar apenas de navios, cargas ou contêiner, desandou a discursar sobre questões sociais, como a saúde, a educação, o emprego etc., todos temas do Fernando Henrique candidato à reeleição. E a campanha nem começou... * No último dia 11 comentei aqui dados de uma pesquisa realizada pela Embratur segundo os quais é a sujeira da ruas e dos locais públicos da cidade o que mais incomoda os turistas que chegam ao Rio. Ontem, a empresa informou que aquela informação, do início do mês, não estava correta. Os dados definitivos da tal pesquisa indicam que a sujeira incomoda, sim, mas não mais que a falta de sinalização, que deixa os turistas perdidos na cidade. Texto Anterior: Chelotti: é e não é Próximo Texto: Paradoxo eleitoral Índice |
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