São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998 |
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Divórcio deixa negócio 'a dois' à deriva
VINÍCIUS PRECIOSO
O desgaste da convivência nas 24 horas do dia e a mistura de vida profissional e pessoal podem resultar no fim do casamento. Resta a pergunta: e a empresa? Exceção é quando o negócio sobrevive e cada membro do casal segue seu rumo. Foi o que aconteceu com Rui Pereira, 48, proprietário da editora Trama, em sociedade com a ex-mulher. Em 92, os dois decidiram montar a empresa. "Já havíamos trabalhado juntos e gostávamos da área", conta Pereira. A união foi um sucesso. "No começo, éramos uma dupla perfeita. Ela cuidava da parte visual e administrativa da editora, e eu, da parte gráfica e comercial." Como executavam funções diferentes, durante as horas de trabalho, os dois não se encontravam frequentemente. "Mas almoçávamos, tomávamos café e íamos trabalhar. Tudo juntos. No início, no período em que a empresa estava crescendo, isso foi muito gostoso", lembra. "Com o tempo, a convivência diária acabou desgastando o casamento." A separação veio no ano passado. Mesmo com o fim da união, a editora continuou. "Se dividíssemos os equipamentos, cada um ia ficar com meia editora. Já é difícil levar um negócio inteiro, imagine pela metade." Os dois resolveram tocar a Trama juntos até que cada um tivesse o maquinário necessário para montar sua própria editora. Para evitar encontros, o casal aproveitou uma divisão. "Ela ficou com as revistas femininas, que tinham como sede uma casa, e eu, com o resto, em outro local." LEIA MAIS sobre divórcio entre sócios de uma empresa na pág. 2 Próximo Texto: Convivência na empresa fica difícil Índice |
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