São Paulo, sábado, 11 de julho de 1998
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1962

DA REPORTAGEM LOCAL

A terceira decisão de Copa do Mundo disputada pela seleção brasileira teve um personagem marcante: Garrincha.
Expulso na semifinal contra o Chile, por revidar a falta de um adversário, o ponta era dúvida na escalação até vésperas da final.
Garrincha só foi confirmado na seleção brasileira porque o bandeirinha uruguaio Esteban Marino, que denunciou o lance ao juiz, sumiu misteriosamente do Chile e não deu seu testemunho.
O julgamento da agressão acabou não acontecendo e Garrincha foi liberado para ir a campo.
Gripado, não estava em condições de jogar o que podia.
O técnico Aimoré Moreira, porém, decidiu mantê-lo na equipe, pois sabia que atrairia marcação e abriria espaço para o ataque.
O adversário da seleção brasileira na final era a Tchecoslováquia, que havia batido a Iugoslávia na semifinal por 3 a 1.
O Brasil eliminara os chilenos, donos da casa, por 4 a 2, com dois gols de Garrincha e dois de Vavá, remanescentes de 1958.
A grande ausência da equipe do Brasil era Pelé. Machucado na segunda partida da Copa, ele foi substituído por Amarildo.
O jogador acabou surpreendendo e, como Garrincha, tornou-se o grande destaque brasileiro.
Brasil e Tchecoslováquia entraram em campo para decidir a Copa do Chile no dia 17 de junho.
A delegação brasileira escondeu a gripe de Garrincha e a estratégia de Moreira deu certo.
Com 39 graus de febre, o ponta era sempre marcado por três tchecos, dando mais liberdade de ação para Amarildo e Vavá.
O primeiro gol, porém, foi da Tchecoslováquia, com Masopust.
Um minuto depois, Amarildo empatou. O primeiro tempo terminou em um duro 1 a 1.
O jogo continuou difícil até os 24min do segundo tempo.
Então, Amarildo consegue escapar pela esquerda e cruzar para Zito, que, de cabeça, desempata.
Aos 33min, Djalma Santos dá um chute para o campo adversário.
O goleiro Schroif se atrapalha, Vavá aproveita e faz os 3 a 1.
Em sua terceira final de Copa, o Brasil conseguia o segundo título.

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