São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998 |
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Oscar pretende ser senador de calção
PATRICIA ZORZAN
Jogador de basquete durante 27 anos, atleta de seleção brasileira por 20 e ex-secretário municipal dos Esportes, Oscar admite a possibilidade de seu prestígio estar sendo usado por Paulo Maluf. "Se for pensar nisso, é recíproco. Ele pode até estar me usando, mas me deu a chance de ser senador, que é o que eu mais queria", declara. O sonho de disputar o cargo é antigo, embora nem mesmo ele saiba o porquê. "Sei lá. Acho bonito. Não quero montar uma escolinha de basquete e formar 50 jogadores. Quero participar dos destinos do Brasil." Criado em uma família malufista, o ex-secretário tem afirmado durante a campanha que seu partido é o "PDM, Partido do Maluf". "Ele é meu ídolo." Nem mesmo as condenações em primeira instância por supostas irregularidades durante a passagem do pepebista pela Prefeitura de São Paulo abalam o ex-secretário. "São acusações políticas. Enquanto não provarem, é mentira. Além disso, sou como corintiano: continuo torcendo para o time até quando ele está perdendo." A eleição deste ano marca não só a estréia do Oscar candidato, como também, de uma certa forma, a do Oscar eleitor. "Vai ser a primeira vez que voto para presidente. Vou votar no Fernando Henrique Cardoso", explica ele, que de 82 a 95 morou na Europa. Preocupado com a imagem de candidato sem experiência, volta a citar FHC como exemplo de quem preferiu começar na vida pública disputando o Senado. "Se as pessoas querem renovação, alguém com vontade de vencer, patriota e que gosta mesmo do Brasil, posso ser a opção. A democracia é feita para dar oportunidades a todos. Acredito que posso ser um bom senador." Entre seus projetos, destaca a criação de um lei de incentivo fiscal para o esporte e a obrigatoriedade de aulas de civismo e de formação religiosa nas escolas. Abandonar o basquete não faz parte dos planos, caso seja eleito. "Treinarei em Brasília, sozinho. Serei o primeiro senador de calção da história." Texto Anterior: Petebista aposta em exposição na mídia Próximo Texto: 'Voto étnico' é arma de Hato Índice |
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