São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998 |
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Obstetra se sente humilhado em UTI
MALU GASPAR
"Quando acordei, estava desnudo, com um lençol por cima. Você se sente humilhado. É um ambiente onde você se sente completamente só." O médico, que é também presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz que a principal causa do seu infarto, há quatro anos, foi o estresse. "O obstetra se submete a um estresse muito grande a cada parto. Precisamos não só fazer nascer alguém com vida, mas também com saúde perfeita." Mesquita conta que trabalhava de 18 a 20 horas por dia em pelo menos 15 dias do mês, mas o infarto aconteceu enquanto ele corria com amigos. O atendimento rápido fez com que não tivesse sequelas. Hoje, ele corre 10 quilômetros por dia seis vezes por semana, e faz exames regulares. Mas Mesquita ainda precisa acabar com uma "infração" cometida também por 66% dos médicos entrevistados para a pesquisa feita no Incor. Ele voltou a fumar depois de dois anos de abstinência. "Logo depois que você sofre o infarto, é fácil parar. Mas, conforme esquece o trauma, acaba voltando", diz. (MGs) Texto Anterior: Doença é motivo de vergonha Próximo Texto: "Médico é o mais difícil de tratar" Índice |
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