São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998
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Técnico lembra Pelé na preleção

ALEXANDRE GIMENEZ; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO; MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES; NOELLY RUSSO; RODRIGO BERTOLOTTO
DOS ENVIADOS A SAINT-DENIS

Pelé, personagem que a direção da CBF fez questão de jogar contra os atletas durante toda a Copa, foi usado por Zagallo como referência no caso de Ronaldinho.
"Na preleção, eu lembrei do Mundial de 62, quando Pelé se contundiu no começo da competição, e nós nos superamos, conseguindo o título", contou Zagallo, ponta-esquerda no Chile-62.
Nos últimos dias, a direção da CBF mostrou aos jogadores jornais franceses com supostas declarações de Pelé prevendo a derrota na semifinal ou na final. Quase todos atletas condenaram publicamente o Atleta do Século.
O presidente da CBF é inimigo de Pelé desde que ele disse haver corrupção na entidade, em 93.
Apesar do apelo de Zagallo, o técnico disse que os jogadores não superaram o "trauma" causado pelo abatimento do atacante.
"Antes do jogo, ele me disse que queria jogar, e eu não poderia deixá-lo fora. Insisti porque achava que ele iria se superar."
Nos últimos dias, Zagallo afirmou ter certeza de que o Brasil conquistaria o quinto Mundial.
Ontem, Zagallo reconheceu que a França jogou melhor, dominando o primeiro tempo. O técnico não voltou a citar o nome de Evandro Mota, engenheiro tido por ele como um guru para a seleção.
Ontem, o suposto guru daria de manhã aos atletas um cartão com uma frase de Ayrton Senna dizendo que brasileiro só aceita ser campeão. E o Brasil foi vice.
(AGz, JCA, MD, MM, NR e RB)

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