São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998 |
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Os números, os números
MELCHIADES FILHO
Nos últimos 33 dias, este espaço martelou a importância dos números na análise do esporte. Há dez dias, mostrou que, se dependesse das estatísticas, a França já podia comemorar o título. Pois a final provou que o imponderável anda cada vez mais raro no futebol (até os dois gols do cracaço Zidane nasceram de jogadas de bola parada...). Ontem, mesmo com 40% a menos de posse de bola do que o Brasil, a França chutou 33% mais e desarmou 17% mais -note, as duas estatísticas que melhor traduzem o futebol moderno. Isolando Ronaldinho (o homem-gol de Zagallo tocou só 27 vezes na bola, 75% a menos do que sua média), a defesa menos vazada da Copa (2 gols) deixou o campo do Stade de France com o 3 x 0, o melhor ataque da competição (15 gols) e a taça. Basta? Texto Anterior: Copa faz ponte para século 21 Próximo Texto: A seleção perdeu por menosprezar seu rival Índice |
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