São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998 |
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Show-baile brasileiro abre festival italiano
CARLOS CALADO
Os tremores de terra que atingiram a região de Umbria (no centro da Itália), em setembro de 97, prejudicaram o turismo na área. Porém, não impediram que o festival -um dos mais prestigiosos no cenário internacional- comemorasse 25 anos em alto estilo. Se os organizadores pretendiam uma abertura festiva, alcançaram seu objetivo com a "Grande Noite do Brasil". Mesmo sem se encontrarem no palco, Ben Jor, Gilberto Gil e Marisa Monte comandaram uma noite animada, que se transformou em festa dançante. Já durante o show de Gil, primeira atração da noite, muitos espectadores preferiram ficar em pé, nas laterais do teatro, para dançar. Mas as poltronas não foram empecilhos para que quase toda a platéia aderisse ao baile. Em minoria, os brasileiros se manifestaram desde o início, devidamente munidos de bandeiras e camisetas verde-amarelas. Afinal, Gil abriu o show com "Balé da Bola"', seu recente samba-exaltação à Copa na França. A platéia ouviu em silêncio os números mais calmos do compositor baiano, como "Drão" e "Raça Humana". Porém, caiu na dança ao reconhecer sucessos como "Realce", "Refavela" e "Palco". Marisa Monte repetiu o mesmo show que apresentou no festival de Montreux, uma semana antes, mas encontrou uma platéia bem mais atenta e calorosa do que a do evento suíço. Para conquistá-la, nem precisou tirar do baú a italiana "Bem Que se Quis" -seu primeiro sucesso. Os números mais dramáticos da cantora ganharam a preferência da ala italiana: "Dança da Solidão" (de Paulinho da Viola) foi aplaudida por mais de um minuto. "Segue o Seco" (de Carlinhos Brown) provocou gritos. Ben Jor encontrou a platéia com o fôlego recuperado. Para agitar novamente o baile, bastou desfiar velhos sucessos, como "Zazuêra", "Bebete" e "Que Pena". Os seguranças do teatro tiveram que se desdobrar para impedir que várias fãs, todas vestidas de verde-amarelo, subissem ao palco para abraçar o cantor. Insistentes, elas acabaram vencendo. O jornalista Carlos Calado viajou a convite da PolyGram e do Umbria Jazz. Texto Anterior: Atores celebram o teatro em "Da Gaivota" Próximo Texto: França anima aniversário do MAM-SP Índice |
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