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TEATRO
Os atores Leopoldo Pacheco e Rubens Caribé fazem leitura de texto
Solidão visita "Os Dois e Aquele Muro"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A solidão das
metrópoles e as
tentativas de minorá-la inspiraram o dramaturgo Ed Anderson,
35, a escrever o texto "Os Dois e
Aquele Muro", apresentado no
ciclo "Leituras de Teatro".
A peça será lida pelos atores
Leopoldo Pacheco e Rubens Caribé, sob direção de Alberto Guzik. No texto, Lúcio (Pacheco) e
Jonas (Caribé) tentam transpor
o isolamento da grande cidade
ao saltar das conversas virtuais
ao encontro num pub. Conhecem-se, tensos, passam a noite
juntos e experimentam um
princípio de relação nebulosa e
contraditória.
Anderson, porém, rejeita a ligação imediata da obra a um gênero que tem conquistado espaço em ciclos e encontros.
"Não considero o texto uma
peça com tema gay, vai além
disso, pois trata de relações humanas. Os personagens poderiam formar um casal heterossexual. O foco está na busca do
outro, independentemente da
sexualidade. O tema central é
"companheirismo". Minha inspiração inicial foram os chats e
principalmente o que existe por
trás das fantasias dos "nicks"
[apelidos escolhidos pelos usuários]", diz o autor, baiano radicado há sete anos em São Paulo.
A leitura de "Os Dois e Aquele
Muro" acontece hoje, às 20h, no
auditório da Folha (al. Barão de
Limeira, 425, 9º andar, Campos
Elíseos, São Paulo). A entrada é
franca. Os interessados em
comparecer devem fazer reservas das 13h às 18h, pelo telefone
3224-3473, ou mandar o nome
completo para o e-mail eventofolha@folhasp.com.br.
(PEDRO IVO DUBRA)
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