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Poetas estão entre referências do artista
da Reportagem Local
Em seu ateliê, Paulo Pasta tem
três pequenas fotos coladas na parede. Lado a lado, estão o português Fernando Pessoa, o norte-americano Walt Whitman e o brasileiro Manuel Bandeira.
"Aqui só entram poetas. Artistas
plásticos só chegam até a cozinha",
brinca Pasta.
Espiando o pequeno fogão e a geladeira do ateliê, estão dezenas de
referências do artista. Há desde
um recorte de uma imagem do
Santo Sudário, relíquia vista por
muitos cristãos como sendo o
manto que cobriu Jesus Cristo
após sua crucificação, até três
obras legítimas da artista Mira
Schendel (1919-88).
Pasta se apóia sem problema em
suas diversas referências. Não tem
angústias de ter influências. "Vivemos num meio cultural em que
não se começa a pensar em pintar
olhando a natureza, mas sim vendo outras pinturas", diz.
No centro de sua teia de influências, Pasta tem o ítalo-brasileiro
Alfredo Volpi (1896-1988) e o italiano Giorgio Morandi (1890-1964).
(CEM)
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