São Paulo, Quarta-feira, 02 de Junho de 1999
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Poetas estão entre referências do artista

da Reportagem Local

Em seu ateliê, Paulo Pasta tem três pequenas fotos coladas na parede. Lado a lado, estão o português Fernando Pessoa, o norte-americano Walt Whitman e o brasileiro Manuel Bandeira.
"Aqui só entram poetas. Artistas plásticos só chegam até a cozinha", brinca Pasta.
Espiando o pequeno fogão e a geladeira do ateliê, estão dezenas de referências do artista. Há desde um recorte de uma imagem do Santo Sudário, relíquia vista por muitos cristãos como sendo o manto que cobriu Jesus Cristo após sua crucificação, até três obras legítimas da artista Mira Schendel (1919-88).
Pasta se apóia sem problema em suas diversas referências. Não tem angústias de ter influências. "Vivemos num meio cultural em que não se começa a pensar em pintar olhando a natureza, mas sim vendo outras pinturas", diz.
No centro de sua teia de influências, Pasta tem o ítalo-brasileiro Alfredo Volpi (1896-1988) e o italiano Giorgio Morandi (1890-1964). (CEM)


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