São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010 |
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SP Cia. de Dança estreia coreografia sobre desejo
Jovem grupo tem dez peças no repertório, metade criada por artistas convidados
ADRIANA PAVLOVA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A São Paulo Companhia de Dança entra em seu terceiro ano reafirmando suas apostas de repertório. Na primeira temporada deste ano, no teatro Sérgio Cardoso, o grupo, fundado em 2008, apresenta a obra inédita, "Duplos", criada pelo coreógrafo goiano radicado em São Paulo Mauricio de Oliveira. Faz ainda a estreia de uma remontagem de peça do russo George Balanchine (1904-1983), "Theme and Variations". "Os dois projetos se encaixam no projeto da companhia, cuja proposta é manter vivo o repertório canônico da dança e ao mesmo tempo dar espaço para o trabalho de artistas contemporâneos, convidados para criar para nossos bailarinos", diz a diretora Iracity Cardoso. Com as duas estreias, a SP Cia. de Dança chega a um repertório de dez obras (cinco remontagens e cinco especialmente criadas). Na primeira semana, o grupo apresenta "Duplos" com uma versão reduzida da primeira peça dançada pela companhia, "Polígono", do italiano Alessio Silvestrin. Na segunda semana, mostram um programa Balanchine, com "Theme and Variations" e "Serenade", obra de 1934. "Duplos" não tem uma história em si, mas, segundo o coreógrafo, trata do desejo. São oito bailarinos em cena, dançando durante 20 minutos ao som de trilha de André Abujamra, com figurinos de Jum Nakao. Uma produção caprichada para uma peça em que Mauricio de Oliveira mostra influências da dança angulosa de William Forsythe, com quem trabalhou na Alemanha, e vai além. "Tem ângulos, mas os movimentos estão mais circulares, com mais uso do quadril, por exemplo", diz ele, que já criou para o Balé da Cidade. No segundo semestre, o grupo fará uma releitura de "L'Après Midi d'un Faune", de Nijinsky, obra fundamental da dança moderna, e a remontagem de "Seis Danças", do coreógrafo tcheco Jirí Kylián. SÃO PAULO CIA. DE DANÇA Quando: sex., às 21h30, sáb., às 21h, dom., às 19h; até o dia 16 Onde: teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, tel. 3288-0136) Quanto: R$ 20 Classificação: livre Texto Anterior: Sinisterra usa autismo para pensar humanidade Índice |
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