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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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MERCADO CULTURAL

Com inauguração de loja na av. Paulista, empresa quer ser palco de turnês de artistas nacionais

Fnac tenta implantar "conexão França"

ISRAEL DO VALE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Brasil vai ganhar uma embaixada cultural na França com dezenas de "escritórios", em 2005, a partir da conexão que a Fnac brasileira pretende estabelecer com toda a rede francesa para a circulação de artistas e produtos tupiniquins pelo país.
O momento é bastante favorável. Até o segundo semestre de 2004, a Fnac Brasil terá dobrado o número de lojas em terra brasilis, com a inauguração de outras três unidades, em São Paulo (semana que vem, na av. Paulista), Curitiba (maio) e Brasília (julho). Hoje a empresa tem lojas na capital paulista, Campinas e Rio de Janeiro.
Em consonância com o projeto de expansão de seus negócios, a Fnac Brasil planeja servir como posto avançado no país de origem do grupo para a distribuição de conteúdo cultural brasileiro. "Queremos mostrar que há muito mais aqui do que o clichê samba, futebol e praia", diz o diretor-geral do braço brasileiro da empresa, Pierre Courty, que trabalha na idéia de rodar com artistas nacionais em turnês pelas lojas.
A Fnac é a maior cadeia de produtos culturais, de informação, tecnologia e entretenimento da França, com 71 lojas em cerca de 50 cidades. Movimentou 3,54 bilhões em 2002 - 200 milhões mais do que em 2001. Além do Brasil, só Taiwan opera com a marca para além da Europa.
A unidade de Pinheiros foi a primeira aberta fora do continente europeu. Embora seja 10% menor em área que a irmã mais velha paulistana, a loja da Paulista dá a impressão de ser maior, segundo Courty. "Como o prédio de Pinheiros tem cinco andares, perde-se muito espaço com escadas rolantes, por exemplo."
Na nova unidade, são dois andares, num novo prédio localizado em frente ao da TV Gazeta. O mobiliário foi desenvolvido para esta unidade, dentro de um conceito que deve ser estendido ao resto do mundo. A intenção da empresa é oferecer ao usuário autonomia que o permita ouvir, ler e fazer "test-drives" com todos os produtos -o que levou à substituição de parte das gôndolas por mesas, por exemplo.
O acervo da loja dá espaço para os independentes: três de cada dez artistas. "Apenas 10% ou 12% dos discos são importados", diz Courty. O conteúdo nacional responde por 60% do total de títulos.


FNAC. Onde: av. Paulista, 901, tel.: 2123-2000. Inauguração (para convidados): 11/12. Aberta ao público na sexta (12/ 12), a partir das 10h, com pocket show de Martinho da Vila às 19h.


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