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MERCADO CULTURAL
Com inauguração de loja na av. Paulista, empresa quer ser palco de turnês de artistas nacionais
Fnac tenta implantar "conexão França"
ISRAEL DO VALE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Brasil vai ganhar uma embaixada cultural na França com dezenas de "escritórios", em 2005, a
partir da conexão que a Fnac brasileira pretende estabelecer com
toda a rede francesa para a circulação de artistas e produtos tupiniquins pelo país.
O momento é bastante favorável. Até o segundo semestre de
2004, a Fnac Brasil terá dobrado o
número de lojas em terra brasilis,
com a inauguração de outras três
unidades, em São Paulo (semana
que vem, na av. Paulista), Curitiba
(maio) e Brasília (julho). Hoje a
empresa tem lojas na capital paulista, Campinas e Rio de Janeiro.
Em consonância com o projeto
de expansão de seus negócios, a
Fnac Brasil planeja servir como
posto avançado no país de origem
do grupo para a distribuição de
conteúdo cultural brasileiro.
"Queremos mostrar que há muito
mais aqui do que o clichê samba,
futebol e praia", diz o diretor-geral do braço brasileiro da empresa, Pierre Courty, que trabalha na
idéia de rodar com artistas nacionais em turnês pelas lojas.
A Fnac é a maior cadeia de produtos culturais, de informação,
tecnologia e entretenimento da
França, com 71 lojas em cerca de
50 cidades. Movimentou 3,54
bilhões em 2002 - 200 milhões
mais do que em 2001. Além do
Brasil, só Taiwan opera com a
marca para além da Europa.
A unidade de Pinheiros foi a primeira aberta fora do continente
europeu. Embora seja 10% menor
em área que a irmã mais velha
paulistana, a loja da Paulista dá a
impressão de ser maior, segundo
Courty. "Como o prédio de Pinheiros tem cinco andares, perde-se muito espaço com escadas rolantes, por exemplo."
Na nova unidade, são dois andares, num novo prédio localizado em frente ao da TV Gazeta. O
mobiliário foi desenvolvido para
esta unidade, dentro de um conceito que deve ser estendido ao
resto do mundo. A intenção da
empresa é oferecer ao usuário autonomia que o permita ouvir, ler e
fazer "test-drives" com todos os
produtos -o que levou à substituição de parte das gôndolas por
mesas, por exemplo.
O acervo da loja dá espaço para
os independentes: três de cada
dez artistas. "Apenas 10% ou 12%
dos discos são importados", diz
Courty. O conteúdo nacional responde por 60% do total de títulos.
FNAC. Onde: av. Paulista, 901, tel.: 2123-2000. Inauguração (para convidados):
11/12. Aberta ao público na sexta (12/
12), a partir das 10h, com pocket show de
Martinho da Vila às 19h.
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