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São Paulo, domingo, 09 de março de 2003

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TEATRO INFANTIL

Arnaldo Soveral e seu filho parlapatão são os autores do texto inédito "Bulgóia, Repenique & Tropeço"

Possolo e pai criam fábula da tolerância

Divulgação
Os atores Pedro Guilherme, Paula Arruda e Aline Ferraz na peça "Bulgóia, Repenique & Tropeço"


PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO

O parlapatão Hugo Possolo, 40, faz a iniciação de seu pai, o editor e escritor Arnaldo Soveral, 72, no palco com "Bulgóia, Repenique & Tropeço".
O filho, há muito instruído nos mistérios teatrais, adapta uma história do arsenal paterno publicada no extinto jornalzinho "Foquinha", presente nos colégios paulistanos em meados dos anos 80, e depois fixada em livro.
Para dar liga à parceria, foi invocada a cia. Provisório-Definitivo, grupo que se formou na ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) com "Verdades, Canalhas" (2001), espetáculo encenado por Possolo sobre texto de Mário Viana. Cris Lozano ("As Roupas do Rei") dirige a empreitada.
"Bulgóia..." mostra a amizade -e as diferenças "ideológicas"- entre três animais: um cachorro (Bulgóia), um gato (Repenique) e um rato (Tropeço).
"O Hugo sempre me convida para montar as fábulas que escreve, sempre pego esta faceta", brinca Lozano, 38, que já dirigiu, com Eber Mingardi, a criação do autor e de Carmo Murano dentro do gênero, "O Caso da Casa" (2000). "O que mais gosto no "Bulgóia..." é como fala da amizade. Que, apesar das diferenças, ainda é possível manter relações profundas."
"Meu filho sempre gostou dessa história, cismou com ela e decidiu fazer a adaptação", diz Soveral, que não tem acompanhado os ensaios. "Construí a parte dramatúrgica, mostrei para o meu pai, que achou bom, deu palpite", completa Possolo, sobre os bastidores da dobradinha. A idéia é juntar a solicitação da Provisório-Definitivo com o desejo de ver a criação paternal posta no teatro.
Cris Lozano conta que concebeu uma encenação que dialoga com o cartum e o desenho animado. "Diria que é um "Manda-Chuva" contemporâneo." Cenários e adereços foram criados por Tadeu Knudsen. Os figurinos são de Renata Soarez e a luz fica a cargo de Marisa Bentivegna. Vinicius Andrade responde pelo som.


BULGÓIA, REPENIQUE & TROPEÇO.
Texto: Hugo Possolo e Arnaldo Soveral. Direção: Cris Lozano. Com: Aline Ferraz, Paula Arruda e Pedro Guilherme (cia. Provisório-Definitivo). Onde: Sesc Ipiranga - teatro (r. Bom Pastor, 822, tel. 3340-2000). Quando: dom., às 16h, até 30/3; 50 min. Quanto: de R$ 2 a R$ 8.



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