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CICLO / SINOPSES
Ciclo no CCBB apresenta 18 filmes da nova produção independente alemã
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
O cetro do cinema independente alemão esteve, nos anos
60 e 70, com um esquadrão jovem de respeito formado por
Volker Schloendorff, Alexander Kluge, Wim Wenders, Werner Herzog, Hans Jürgen
Syberberg e Rainer Werner
Fassbinder, entre outros. Hoje,
a quem pertence?
Respostas podem ser formuladas com base nos 18 longas da
mostra "Novo Cinema Independente Alemão - Uma Outra
Política do Olhar", no CCBB
-SP. Será uma oportunidade de
fazer descobertas: com raras
exceções, o circuito comercial
não exibe a nova produção alemã -nem mesmo festivais recentes contemplaram o conjunto da produção.
Entre os cineastas que terão
filmes exibidos, destacam-se
Christian Petzold, Christoph
Hochhäusler, Hans-Christian
Schmid e Maria Speth, que têm
frequentado o circuito internacional de festivais. Também
editor da revista "Revolver",
Hochhäusler participará de um
debate no dia 25 e dará, a partir
do dia seguinte, o curso "Narrativas Dialéticas - Reflexões sobre um Cinema de Ativação".
"Tentarei apresentar a minha perspectiva sobre o futuro
da linguagem cinematográfica
-qual direção o cinema pode
tomar- e defenderei um cinema menos redundante, mais
ambivalente e abstrato", disse
Hochhäusler à Folha.
Realizador de "Caminho do
Bosque" (2003) e "O Impostor" (2005), ele observa que
não pode se considerar um
"observador neutro", mas que
concorda com "os muitos críticos internacionais para quem o
cinema alemão está mais interessante hoje do que esteve por
um longo tempo". "Os últimos
dez anos trouxeram uma grande variedade de obras originais
e audaciosas, e também alguns
sucessos comerciais. Infelizmente, houve poucos bons filmes que fizeram sucesso fora
do circuito dos festivais. Embora o fenômeno seja comum em
diversos países, é especialmente gritante na Alemanha." Uma
das razões, diz Hochhäusler, é
a "violenta influência norte-americana", que levaria muita
gente da indústria a pensar que
"a chave para o mercado é a
imitação de Hollywood".
NO BLOG - Leia a entrevista completa folha.com.br/ilustradanocinema
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