São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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CICLO / SINOPSES

Ciclo no CCBB apresenta 18 filmes da nova produção independente alemã

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

O cetro do cinema independente alemão esteve, nos anos 60 e 70, com um esquadrão jovem de respeito formado por Volker Schloendorff, Alexander Kluge, Wim Wenders, Werner Herzog, Hans Jürgen Syberberg e Rainer Werner Fassbinder, entre outros. Hoje, a quem pertence?
Respostas podem ser formuladas com base nos 18 longas da mostra "Novo Cinema Independente Alemão - Uma Outra Política do Olhar", no CCBB -SP. Será uma oportunidade de fazer descobertas: com raras exceções, o circuito comercial não exibe a nova produção alemã -nem mesmo festivais recentes contemplaram o conjunto da produção.
Entre os cineastas que terão filmes exibidos, destacam-se Christian Petzold, Christoph Hochhäusler, Hans-Christian Schmid e Maria Speth, que têm frequentado o circuito internacional de festivais. Também editor da revista "Revolver", Hochhäusler participará de um debate no dia 25 e dará, a partir do dia seguinte, o curso "Narrativas Dialéticas - Reflexões sobre um Cinema de Ativação".
"Tentarei apresentar a minha perspectiva sobre o futuro da linguagem cinematográfica -qual direção o cinema pode tomar- e defenderei um cinema menos redundante, mais ambivalente e abstrato", disse Hochhäusler à Folha.
Realizador de "Caminho do Bosque" (2003) e "O Impostor" (2005), ele observa que não pode se considerar um "observador neutro", mas que concorda com "os muitos críticos internacionais para quem o cinema alemão está mais interessante hoje do que esteve por um longo tempo". "Os últimos dez anos trouxeram uma grande variedade de obras originais e audaciosas, e também alguns sucessos comerciais. Infelizmente, houve poucos bons filmes que fizeram sucesso fora do circuito dos festivais. Embora o fenômeno seja comum em diversos países, é especialmente gritante na Alemanha." Uma das razões, diz Hochhäusler, é a "violenta influência norte-americana", que levaria muita gente da indústria a pensar que "a chave para o mercado é a imitação de Hollywood".


NO BLOG - Leia a entrevista completa folha.com.br/ilustradanocinema


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