São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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Virada Cultural acontece em maio

Terceira edição do evento começa no próximo dia 5, com música e teatro; entre as novidades, estão pistas de dança no centro

Com investimento menor que o do ano passado, festival terá mais de 350 atrações, como Cauby Peixoto e Naná Vasconcelos


ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

A 3ª Virada Cultural já tem data marcada e parte da programação confirmada. O evento 24 horas começa no sábado, 5 de maio, com shows, apresentações de DJs e espetáculos de dança, circo e teatro, que seguem até a tarde de domingo.
Os detalhes do festival, realizado pela Prefeitura de São Paulo, em parceria com o governo do Estado e a rede Sesc, foram anunciados ontem, durante coletiva de imprensa que reuniu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o secretário municipal da Cultura, Carlos Augusto Calil. Além deles, participaram Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo, Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris, e José Mauro Gnaspini, responsável pelo programa da Virada.
O megaevento terá mais de 350 atrações (a prefeitura não possui o número exato de artistas) e um investimento de R$ 2 milhões, inferior ao de 2006, que foi de cerca de R$ 3 milhões. Esses recursos, segundo Calil, são "adequados para uma programação que acende a cidade 24 horas".
São esperados mais de 150 mil turistas -dados estimados pela SPTuris- para acompanhar atividades concentradas, principalmente, na região central, que terá palcos nas praças da Sé, Ramos e República, no vale do Anhangabaú e nas ruas Vieira de Carvalho, Barão de Itapetininga e 15 de Novembro.
O subúrbio também será contemplado, com performances em Guaianazes, Pedreira, Parada de Taipas e parque da Juventude, além de unidades dos CEUs e do Sesc. "Não haverá diferença na programação do centro e da periferia", afirmou Calil, destacando que Naná Vasconcelos, Mônica Salmaso, Moraes Moreira e Zé Geraldo estão entre os artistas que se apresentam nos CEUs.

Novidades
A 3ª Virada terá atividades para todas as turmas, com um espaço para o rock das décadas de 70 e 80, na rua Barão de Itapetininga; um palco para dança, no vale do Anhangabaú; atividades de circo, na praça da República; música instrumental, na praça Dom José Gaspar; e pistas de dança para a música eletrônica, no calçadão da 15 de Novembro.
Esta deverá rivalizar com o festival Skol Beats, que acontece na mesma noite, no espaço Skol Beats, no Anhembi. "Será uma programação de música eletrônica gratuita e mais democrática para os excluídos do Skol Beats", afirmou José Mauro Gnaspini, lembrando que os ingressos para o evento custam até R$ 200.
Entre as novidades deste ano está o palco montado na rua Vieira de Carvalho, conhecido ponto de encontro gay, próximo ao largo do Arouche. O local, no entanto, não terá uma programação específica para o público GLBT, com exceção dos shows de Cauby Peixoto e Ângela Maria.
"Ali é uma área onde moram pessoas mais velhas, por isso tentamos compor a população local e o público gay", explicou Gnaspini.
As unidades do Sesc participarão com horários estendidos para contemplar a Virada. Algumas, como o Sesc Pompéia e o Cinesesc, funcionarão durante toda a noite.
Os promotores esperam ainda a adesão de bares, restaurantes e outras instituições, como a Pinacoteca do Estado e o MIS, que já estão na programação.


Texto Anterior: Cia. relê Rubem Fonseca e Lima Barreto
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