DA REDAÇÃO

As relações entre literatura e erotismo são mais íntimas do que supõem as mentes mais libertinas. Quem ensina é Georges Bataille, escritor francês para quem a literatura se confunde com sexualidade, transgressão, êxtase, dor e morte.
O tema da primeira palestra do ciclo "Café Libertino", que a livraria Futuro Infinito inicia hoje, com encontros de discussão sobre erotismo e sexualidade, explora os sentimentos e as pulsões conflitantes do desejo.
O poeta e crítico Contador Borges, tradutor de "A Filosofia na Alcova", do marquês de Sade (editora Iluminuras), abre a série com "Erotismo e Transgressão em Georges Bataille".
"Para Bataille, a transgressão nos define enquanto seres humanos. Ela não se faz sem suas contrapartidas, a interdição e a repressão", explica Borges. "O maior pilar dessa repressão social é o trabalho. Mas a arte e a literatura põem a nu o que as instituições tentam encobrir."
Debater questões ligadas à representação literária do sexo e do erotismo é a direção na escolha dos temas do ciclo, que tem coordenação do pesquisador Jorge Leite Jr. e da professora de estética e literatura da PUC-SP Eliane Robert de Moraes. As palestras acontecem sempre às segundas quintas-feiras do mês.
(BRUNO ZENI)


Palestra: Café Libertino - Erotismo e Transgressão em Georges Bataille
Quando: hoje, às 20h
Onde: livraria Futuro Infinito (r. Oscar Freire, 2.303, tel. 3064-5358)
Quanto: entrada franca

Texto Anterior: Teatro: 5ª Mostra Sesi investe no experimentalismo teatral
Índice