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Centro de Referência abre espaço para discussões do teatro infantil
MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
EDITORA DA FOLHINHA
Profissionais do teatro para
crianças e adolescentes em São
Paulo criaram o Centro de Referência do Teatro Infanto-Juvenil.
Na abertura, algumas discussões
serviram para estabelecer parâmetros conceituais e organizar
ações. Versaram sobre a imagem
que os programadores de centros
culturais e professores têm da
criança espectadora; a adequação
de um espetáculo a uma faixa etária; as relações entre o tema e sua
realização formal.
O dramaturgo e diretor Vladimir Capella ("Miranda") declarou-se "criança" ao responder sobre a importância temática. "Não
preciso de pesquisa quando os temas de que trato são essenciais
(morte, vida, sexualidade) ao ser
humano." A diretora e atriz Bebê
Soares ("Papais e Ovos") acredita
que a escolha da faixa etária é um
assunto externo à montagem. "O
problema é oferecer um produto
que os adultos acham que não é
para crianças. A gente tem de promover mudanças na visão de como os pais e responsáveis pela
criança vêem o teatro."
Linguagem para crianças
O diretor da Escola Livre de
Teatro de Santo André, Kil Abreu,
falou das condições de comunicação com o público, que "não podem estar longe da forma do espetáculo, a preocupação temática
não deve ficar acima das preocupações formais. Falta compreensão do que é chamado de linguagem do teatro para crianças. Temos de colocar a platéia como sujeito do conhecimento". Já Ilo
Krugli, diretor do grupo Vento
Forte, sugeriu que o criador de
teatro para esse público "trabalhe
na dinâmica do sonho".
As idéias serão pesquisadas em
seminários, publicações, banco
de textos e ciclo de leituras dramáticas a serem realizados pelo
novo centro de referência, que já
tem calendário de apresentação de espetáculos (tel. 6211-1507).
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