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"Caminhador", com o Grupo Teatro X, esmiuça o anti e o zé-ninguém
DA REPORTAGEM LOCAL
Um estudo sobre "Escute, Zé
Ninguém", obra do psicanalista
austríaco Wilhelm Reich (1897-1957) na qual, em suma, defende
que cada um assuma as rédeas e
potencialidades de sua vida, levou
o grupo Teatro X a sua nova peça,
"Caminhador".
No texto de Gerson Steves, os
atores e o diretor Paulo Fabiano
encontraram terreno fértil para
cruzar o personagem de Reich
com o anti-zé-ninguém.
O personagem Diogo (por
Eduardo Chagas) perde a memória após enfrentar uma situação
de violência na família. No início
da história, ele surge com uma
venda nos olhos, como o estado
de imobilização em que se encontra. E do qual será "resgatado" ao
encontrar Marília (Jussara Bracco), aquela que o guiará pelo passado que ele apagou.
"Diogo é como um ser ingênuo
que tem que se relacionar com a
concretude do mundo urbano",
diz Fabiano, 44.
Sobre a dramaturgia de Steves,
o diretor observa uma estrutura
que não pende para o padrão realista. Aponta uma inspiração épica, uma sucessão de quadros que
jogam com alegorias do poder e
do desejo.
O espetáculo abre o projeto
"Olhares Urbanos - Dramaturgia", no qual o Teatro X mira o
comportamento do homem contemporâneo. Serão encenados
mais quatro autores: Celso Cruz,
Mário Bortolotto, Claudia Vasconcellos e Rubens Rewald.
(VS)
CAMINHADOR. De: Gerson Steves.
Direção: Paulo Fabiano. Direção musical:
Ivan Silva. Iluminação: Décio Filho.
Figurinos: Paulinho de Moraes. Com:
Teatro X (Liz Mantovani, Ailton Rosa,
Verônica Mello, Simone Rebeque, Lígia
Botelho e outros). Onde: Estúdio Teatro X
(pça. Franklin Roosevelt, 124, tel. 3255-2829). Quando: estréia amanhã, às 21h;
sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; até 19/
12. Quanto: R$ 15.
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