DA REDAÇÃO

Dez clássicos da cinematografia cubana e dez documentários produzidos recentemente por jovens cineastas chilenos serão exibidos a partir de amanhã em ciclos de cinema promovidos pelo Cinesesc e pelo MIS (Museu da Imagem e do Som), respectivamente.
Eleito por críticos cubanos como o maior representante da história do cinema do país, o drama político "Memórias do Subdesenvolvimento" (1968), de Tomás Gutiérrez Alea, é um dos destaques da programação do ciclo Cinema da Ilha.
Baseado em uma novela do escritor Edmundo Desnoes, o filme retrata a história de um intelectual de origem burguesa que decide permanecer em Cuba apesar de ver sua mulher e seus amigos partindo para Miami.
O longa-metragem será projetado no dia 19, após um debate com a jornalista e crítica Maria do Rosário Caetano sobre o panorama da América Latina, com foco no cinema cubano.
"Guantanamera" (1995), "A Morte de um Burocrata" (1965), "A Última Ceia" (1976), todos de Alea, serão exibidos nos dias 14, 20 e 21.
O cineasta Humberto Solás participa do ciclo do Museu da Imagem e do Som com os longas "Lúcia" (1969), "Cecília" (1982) e "Homem Bem Sucedido" (1985). O cineasta Pastor Vega traz ao ciclo "Retrato de Teresa" (1979), "Habanera" (1984) e "Amor em Campo Minado" (1987).

Chile
Organizado e dirigido pela cineasta Joanna Reposi, "Documentário Chileno Hoje" abre amanhã com os filmes "El Despojo", de Dauno Tótoro Taulis, "Señales de Ruta", de Tevo Díaz, "Um Hombre Aparte", de Bettina Perut e Iván Osnovikoff, e "Locos del Alma", de Reposi.
A resistência dos mapuches, povo indígena do Chile, às influências políticas e culturais é a temática de "El Despojo". Em "Señales de Ruta", Díaz passeia pelo trabalho e o pensamento do poeta Juan Luis Martinez (1942-1993).
A curadora da mostra, diretora de "Locos del Alma", acompanha por seis meses um grupo de pacientes esquizofrênicos de um hospital psiquiátrico de Santiago. O documentário retrata o engajamento dos pacientes na produção de uma peça de teatro -dos ensaios à estréia.
Sábado, a mostra traz "Aquí se Construye", de Ignácio Aguero, no qual o cineasta registra a passagem do tempo por meio da transformação de um espaço.
Com um enfoque mais político, "Nema Problema", de Susana Foxley e Cristian Leighton, encerra a programação. O filme relata a vida de 26 refugiados da ex-Iugoslávia. Vítimas da guerra nos Bálcãs, no começo dos anos 90, o grupo chega ao Chile com a intenção de começar uma vida nova.
"Documentário Chileno Hoje" é realizado em parceria com o Consulado Geral do Chile e o Memorial da América Latina.


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