São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÚLTIMA CHANCE

Antonio Manuel atualiza os planos da arte construtiva

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Termina hoje a mostra "Sucessão de Fatos", de Antonio Manuel, 59, em cartaz no Gabinete de Arte Raquel Arnaud. O artista português radicado no Rio não ignora a política em sua exposição individual, na qual são exibidas nove pinturas e a instalação "Telhado Fado".
"Algumas telas têm formas que me levam a casas em ruínas em Chipre, na chamada "linha verde", que corta o país de leste a oeste, dividindo as comunidades de turcos e de gregos", conta ele. Em Nicósia, a capital cipriota, Manuel ganhou grande mostra no Pharos Centre of Contemporary Art, que publicou catálogo (R$ 110, 276 págs.), agora disponível na galeria.
Autor de objetos que desafiavam a censura do regime militar, como as "Urnas Quentes" (1968), e de uma das performances mais importantes da arte brasileira -"O Corpo É A Obra" (1970), qualificada pelo crítico Mário Pedrosa como "o exercício experimental da verdade"-, Manuel atualiza a arte construtiva. Para ele, a força da mostra está no diálogo espacial entre o novo plano da instalação -composta por telhas enfileiradas, sobre as quais estão colocadas formas de fibra de vidro que contêm talco, colorau, açafrão e um pequeno espelho d'água- e as pinturas geométricas.


SUCESSÃO DE FATOS
Quando:
até hoje, das 11h às 14h
Onde: Gabinete de Arte Raquel Arnaud (r. Artur de Azevedo, 401, tel. 3083-6322)
Quanto: entrada franca


Texto Anterior: Jac Leirner reinventa-se com "Little Lights"
Próximo Texto: Quasar conta sua saga dos cinco sentidos humanos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.