São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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CRÍTICA ARTES PLÁSTICAS

Espaço inadequado prejudica mostra de "Arte Povera" italiana

Isadora Brant/Folhapress
Menina observa obra da exposição "Arte Povera", em cartaz até março no Sesc Belezinho

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

Arte Povera foi o nome de um dos mais importantes movimentos de arte, na Itália, no século 20.
Ele foi concebido pelo crítico e curador Germano Celant a partir de um grupo de 14 artistas com os quais ele trabalhava e que se cristalizaram em torno do manifesto por ele escrito, "Arte Povera: Notas sobre a Guerra de Guerrilha", publicado em 1967 na revista italiana "Flash Art".
Dez desses artistas participam, agora, da mostra "Arte Povera - Obras da Coleção MART", com 18 obras do Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Trento e Rovereto (MART).
Na exposição, pode-se perceber as principais características do movimento, apesar de praticamente todas as obras -a exceção é "Entrar na Obra", de Giovanni Anselmo-, terem sido criadas depois do seu fim, em 1972.
No entanto, Arte Povera não era de fato um movimento coeso e programático, e seus membros continuaram trabalhando com os mesmos materiais, como é o caso de Mario Merz (1925-2003), que comparece à mostra com um de seus trabalhos mais representativos, os iglus "Chiaro Oscuro" (1983).
Nele, estão os elementos simples, como a lenha, utilizada num dos iglus, ao passo que o outro é formado por metal e vidro.
O uso de materiais simples e "pobres" era uma das principais ideias do movimento.
O que é inacreditável na exposição é que a nova unidade do Sesc tenha espaços tão precários para as artes plásticas, tanto que a sala que abriga "Arte Povera" precisou ser reduzida à metade, para ser refrigerada.
O resultado é que a mostra parece mais uma reserva técnica, com obras amontoadas e sem espaço adequado para sua correta fruição.

ARTE POVERA - OBRAS DA COLEÇÃO MART

QUANDO de ter. a sex., das 9h às 21h; sáb. e dom., das 9h às 19h; até 8/3
ONDE Sesc Belenzinho (r. Padre Adelino, 1.000; tel. 2076-9700)
QUANTO entrada franca
AVALIAÇÃO bom


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