São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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CRÍTICA COMÉDIA

"Desenrola" é longa despretensioso com estética igual à da TV

Derivado de pesquisa, filme que estreia amanhã tem trama centrada na relação de jovens com a sexualidade

Divulgação
A atriz Olívia Torres interpreta a adolescente Priscila, que planeja perder a virgindade

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Desenrola", uma despretensiosa comédia de verão para adolescentes, não trata seu público como imbecil, um diferencial em relação a outras produções do gênero.
Com leveza, o filme, que estreia amanhã, discute a sexualidade sem apelar ao chulo ou à nudez, o que pesou para ser considerado adequado a maiores de 12 anos.
Esses acertos se devem à gênese do filme -uma pesquisa sobre sexo entre adolescentes.
A pesquisa originou a série de documentários "Quando Éramos Virgens" -exibida no canal pago GNT-, um livro com o mesmo nome e a websérie homônima lançada em 2008, que propunha a participação do público.
A história está centrada em Priscila (Olívia Torres), de 16 anos, às voltas com a perda da virgindade. Durante os 20 dias em que fica sozinha em casa, quando a mãe viaja, vive experiências típicas da idade, medos e hesitações.
Platonicamente apaixonada pelo irmão de uma colega, surfista, mais velho e popular, ela parte para a ação e descobre que as coisas não são como imaginara.
Os momentos mais engraçados são garantidos pela dupla formada por Amaral (Vitor Thiré) e Boca (Lucas Salles), que se apaixona por Priscila e vai ganhando cada vez mais espaço no filme.
A estética de seriado de TV incomoda, a participação de Pedro Bial é prescindível, muitos personagens são estereotipados e a trilha sonora não convence, mas "De- senrola" atinge o alvo.

DESENROLA

DIREÇÃO Rosane Svartman
PRODUÇÃO Brasil, 2010
COM Olívia Torres, Lucas Salles, Vitor Thiré e Kayky Brito
ONDE estreia amanhã nos cines Cinemark Eldorado, Kinoplex Vila Olimpia e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular


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