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Gilda revela seu diário colorido
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 47 anos, a artista plástica
Gilda Vogt Maia Rosa abre hoje
para o público sua primeira exibição individual. "Há tempos tenho
sido cobrada para expor, mas tenho um tempo particular e só
agora achei que estava pronta",
afirma.
Esse "tempo particular" é uma
das características principais que
a artista apresenta. Ele está presente nas 17 telas que formam
uma espécie de diário de Gilda,
recheado de nostalgia.
No primeiro andar da galeria,
estão obras relacionadas com o
mar. A artista carioca tem na memória as pescarias que fazia com
o pai, um cronista de caça submarina que chegou a mergulhar com
o pesquisador francês Jacques
Cousteau.
Suas telas, apesar de realizadas
com tinta acrílica, têm um quê de
aquarela. "Não gosto do brilho do
óleo, há 18 anos parei de pintar
com esse tipo de tinta."
Já no segundo andar, estão
obras mais vinculadas ao seu momento presente, seus filhos, seus
amigos e três auto-retratos. "Tudo em meu trabalho tem uma história real, tem gente que está à minha volta." Tanto que até no catálogo da exposição é seu filho Rafael Vogt Maia Rosa quem escreve
o texto de apresentação.
É nessa relação com seu cotidiano que se cria a obra de Gilda,
"uma contemplação angustiada",
na definição de seu filho. Como
todo diário, ele revela especialmente quem ama muito o que está à sua volta.
(FCY)
Exposição: Gilda Vogt Maia Rosa
Quando: até 14/10, de ter. a sex., das
10h às 19h; sáb., das 11h às 14h
Onde: Adriana Penteado Arte
Contemporânea (r. Peixoto Gomide,
1.503, São Paulo, tel. 881-1012)
Quanto: entrada franca; obras de R$
4.500 a R$ 7.000
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