São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2000

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Gilda revela seu diário colorido

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 47 anos, a artista plástica Gilda Vogt Maia Rosa abre hoje para o público sua primeira exibição individual. "Há tempos tenho sido cobrada para expor, mas tenho um tempo particular e só agora achei que estava pronta", afirma.
Esse "tempo particular" é uma das características principais que a artista apresenta. Ele está presente nas 17 telas que formam uma espécie de diário de Gilda, recheado de nostalgia.
No primeiro andar da galeria, estão obras relacionadas com o mar. A artista carioca tem na memória as pescarias que fazia com o pai, um cronista de caça submarina que chegou a mergulhar com o pesquisador francês Jacques Cousteau.
Suas telas, apesar de realizadas com tinta acrílica, têm um quê de aquarela. "Não gosto do brilho do óleo, há 18 anos parei de pintar com esse tipo de tinta."
Já no segundo andar, estão obras mais vinculadas ao seu momento presente, seus filhos, seus amigos e três auto-retratos. "Tudo em meu trabalho tem uma história real, tem gente que está à minha volta." Tanto que até no catálogo da exposição é seu filho Rafael Vogt Maia Rosa quem escreve o texto de apresentação.
É nessa relação com seu cotidiano que se cria a obra de Gilda, "uma contemplação angustiada", na definição de seu filho. Como todo diário, ele revela especialmente quem ama muito o que está à sua volta. (FCY)



Exposição: Gilda Vogt Maia Rosa Quando: até 14/10, de ter. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 14h Onde: Adriana Penteado Arte Contemporânea (r. Peixoto Gomide, 1.503, São Paulo, tel. 881-1012) Quanto: entrada franca; obras de R$ 4.500 a R$ 7.000

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