São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006

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Teatro abrirá portas para "novos expoentes" da MPB

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Teatro Fecap foi planejado para abrigar grandes shows da música popular brasileira -mas não no sentido físico. "São Paulo tem casas de espetáculo enormes para artistas muito conhecidos, com 2.000, 3.000 lugares, mas faltam opções para bons nomes menos expostos na mídia", avalia Marcelo Camargo, superintendente da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado.
A intenção é que os 400 lugares da ex-sala de conferências acomodem principalmente um público disposto a assistir a "expoentes da nova geração musical e outros nomes não tão populares". Assim, uma temporada de um artista como Paulinho da Viola será mais exceção do que regra para o local.
Quando o sambista encerrar sua série de shows, o palco receberá a cantora Mônica Salmaso e o acordeonista Toninho Ferragutti (dias 12 a 15 e 19 a 22 de outubro). As atrações seguintes serão Dori Caymmi (26 a 28/10, "possivelmente com Paulo César Pinheiro") e Renato Brás (2 a 5/ 11).
Estão sendo negociadas uma temporada com Teresa Cristina e outra que reúna Andy Summers (ex-The Police), Roberto Menescal e Chris Delano. "Será o nosso "Police&Bossa", imagina Camargo. Os shows acontecerão sempre de quinta a domingo, com ingressos cujos valores devem variar de R$ 40 a R$ 50.
A inauguração acontece após uma reforma de cerca de oito meses num auditório "subaproveitado" do centro de ensino. Como o lugar já tinha um "formato apropriado, de anfiteatro, e mais largo do que comprido", o maior trabalho foi melhorar a acústica e retocar o visual arquitetônico.
Parte da proposta da escola de "criar um centro de referência e memória da música brasileira", a inauguração vem acompanhada de outros projetos. Uma área do teatro abrigará permanentemente mostras trimestrais com imagens de acervos da MPB. O primeiro a expor seu trabalho é o fotógrafo Walter Firmo, que fica em cartaz até dezembro deste ano.
A Fecap pretende ainda investir em sua rádio virtual (no site www.fecap.br), para que chegue a reunir 15 mil fonogramas, e numa biblioteca que seja um "lugar de registro e pesquisa" de música brasileira -projeto que começa modestamente com 200 títulos recém-adquiridos. (RAQUEL COZER)


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