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Teatro abrirá portas para "novos expoentes" da MPB
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Teatro Fecap foi planejado
para abrigar grandes shows da
música popular brasileira
-mas não no sentido físico.
"São Paulo tem casas de espetáculo enormes para artistas
muito conhecidos, com 2.000,
3.000 lugares, mas faltam opções para bons nomes menos
expostos na mídia", avalia Marcelo Camargo, superintendente da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado.
A intenção é que os 400 lugares da ex-sala de conferências
acomodem principalmente um
público disposto a assistir a
"expoentes da nova geração
musical e outros nomes não tão
populares". Assim, uma temporada de um artista como Paulinho da Viola será mais exceção
do que regra para o local.
Quando o sambista encerrar
sua série de shows, o palco receberá a cantora Mônica Salmaso e o acordeonista Toninho
Ferragutti (dias 12 a 15 e 19 a 22
de outubro). As atrações seguintes serão Dori Caymmi (26
a 28/10, "possivelmente com
Paulo César Pinheiro") e Renato Brás (2 a 5/ 11).
Estão sendo negociadas uma
temporada com Teresa Cristina e outra que reúna Andy
Summers (ex-The Police), Roberto Menescal e Chris Delano.
"Será o nosso "Police&Bossa",
imagina Camargo. Os shows
acontecerão sempre de quinta
a domingo, com ingressos cujos
valores devem variar de R$ 40 a
R$ 50.
A inauguração acontece após
uma reforma de cerca de oito
meses num auditório "subaproveitado" do centro de ensino. Como o lugar já tinha um
"formato apropriado, de anfiteatro, e mais largo do que comprido", o maior trabalho foi melhorar a acústica e retocar o visual arquitetônico.
Parte da proposta da escola
de "criar um centro de referência e memória da música brasileira", a inauguração vem
acompanhada de outros projetos. Uma área do teatro abrigará permanentemente mostras
trimestrais com imagens de
acervos da MPB. O primeiro a
expor seu trabalho é o fotógrafo
Walter Firmo, que fica em cartaz até dezembro deste ano.
A Fecap pretende ainda investir em sua rádio virtual (no
site www.fecap.br), para que
chegue a reunir 15 mil fonogramas, e numa biblioteca que seja
um "lugar de registro e pesquisa" de música brasileira -projeto que começa modestamente com 200 títulos recém-adquiridos.
(RAQUEL COZER)
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