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Mostra de filmes alemães exibe cinema idílico do pós-guerra
DA REDAÇÃO
Apenas neste ano, quase 60 anos após o colapso do nazismo, a Alemanha quebrou um
tabu nacional e decidiu levar às telas a história de Hitler, no filme
"Der Untergang" (O Declínio).
No cenário após o fim da Segunda
Guerra (1939-45), o caminho era
o oposto. Esquecer os traumas do
passado era a palavra de ordem.
Parte da produção do pós-guerra pode ser conferida na mostra
"Alemanha Meu Amor: Cinema
Alemão dos Anos 50", que começa hoje no Museu da Imagem e do
Som (MIS). São oito filmes produzidos no país, entre 1950 e 1958.
No início, a linha conservadora
mantinha-se; o público, no entanto, estava mais interessado em
uma produção apolítica, com assuntos leves e despretensiosos. As
principais características desse cinema estão presentes em "A Jovem da Floresta Negra" (1950), de
Hans Deppe, que será exibido hoje, às 20h30, e domingo, às 18h30.
Foi o primeiro filme em cores nas
telas após o fim da guerra, tornando-se um grande sucesso de bilheteria local. Em tom de comédia
de costumes, o longa traz vários
números musicais e propõe até
uma idílica volta ao campo, ao
contar uma história de amor com
um caso de troca de jóias valiosas
como pano de fundo.
Completam a programação "As
Rosas Nascem no Túmulo do Espinhal", "O Eco da Montanha",
"O Perjúrio do Camponês", "A
Pescadora do Lago de Constança", "Em Cima da Montanha", "A
Jovem da Granja Moorhof" e "A
Doutora do Povo".
ALEMANHA MEU AMOR: CINEMA
ALEMÃO DOS ANOS 50. Onde: Museu
da Imagem e do Som (av. Europa, 158,
Jardim Europa, tel. 3062-9197). Quando:
de hoje a 21/10. Quanto: entrada franca.
Inf.: www.goethe.de/saopaulo.
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