ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para ir de São Paulo a Pequim gasta-se, no mínimo, 30 horas e, no máximo, 60. Do bolso, tira-se cerca de R$ 5.890. Para quem está morrendo de vontade de conhecer as paisagens chinesas, mas não dispõe de tempo ou de dinheiro, a exposição de fotografias "A Herança da China" pode servir como paliativo.
Ao todo são 300 fotos de 30 construções e acidentes geográficos chineses considerados patrimônios mundiais pela Unesco. Entre eles, estão as montanhas Huagshan, que entraram para a lista de patrimônios em 1990. Ocupam uma área de 1.200 km2 e são cobertas por pinheiros, rochas e nuvens.
Os jardins clássicos de Suzhou, na lista desde 1997, também estão na mostra. Localizados na Província de Jiangsu, são os primeiros da China, com a construção iniciada seis séculos antes de Cristo. As fotografias mostram a paisagem exótica formada por bosques, fontes, veredas e penhascos. Outra curiosidade são as tumbas imperiais das dinastias Ming e Quing, construídas de acordo com a teoria feng shui.
A mostra faz parte da semana cultural chinesa no Brasil, batizada de "Viver e Sentir a China", que comemora 30 anos de relações culturais e comerciais entre os dois países. Completam a programação a apresentação de kung-fu dos monges do templo Shaolin, o espetáculo da companhia de dança moderna Beijing e o Circo Imperial da China.