São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004

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MÚSICA

Coletivo de produtores faz apresentação na cidade, após show no Fórum Social Mundial, para "mostrar nova cara"

Depois da Índia, Instituto renasce em SP

Flávio Florido - 7.jan.2004/Folha Imagem
O coletivo de produtores Instituto, que faz apresentação hoje no clube Urbano após show na Índia


ALEXANDRE MATIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Além de ser o primeiro show depois da turnê na Índia, também é a primeira apresentação em São Paulo depois de uns três meses", explica Daniel Ganjaman, tecladista e um dos produtores do Instituto, sobre o show de hoje à noite no Urbano. "Por isso vamos fazer um show maior e aproveitar para mostrar a nova cara do grupo", diz o músico.
Ele conta que o novo show do trio de produtores dá mais ênfase a uma formação de banda. "Estamos com um time de músicos muito bom, e a idéia é consolidar este formato. Por isso, a partir de agora, vamos ter menos participações especiais", conta Daniel.
A formação do show de hoje, além de Daniel nos teclados, Maurício Takara na bateria e Rian Batista no baixo (a base da banda do Instituto), conta com as participações do flautista Alexandre Basa (do Mamelo Sound System), do percussionista Eder "O" Rocha (do Mestre Ambrósio), dos MCs Kamau (do Quinto Andar) e Funk Búia (do Záfrica Brasil). Esta passa a ser a formação atual do grupo.
Os outros dois produtores do Instituto não estarão no palco: Rica Amabis comanda a mesa de som, enquanto o gaúcho Tejo Damasceno faz um programa paralelo, no Rio de Janeiro, visitando 15 bailes de funk carioca na mesma noite, assessorado por ninguém menos que o DJ Marlboro. Tejo vai ser apresentado ao público do funk ao lado da dupla de MCs Black Alien e Speed, com quem gravou o improvável hit "Quem Cagüetou".
Presente na trilha sonora do filme "O Invasor", a música já está no Top 30 da Alemanha ("de música pop, não é Top 30 de eletrônica ou hip hop", lembra Tejo) e será lançada na Inglaterra no próximo dia 23. O produtor quer gravar um disco inteiro como Black Alien e Speed, mas, como ele mesmo diz, "cada passo de uma vez".
No show de hoje à noite, serão apresentadas algumas músicas do show anterior, mas várias músicas novas, algumas com nova roupagem: "Tem uma música do disco solo do Rica ("Sambadelic", de 2000) que se chamava "Vozes da Seca" e agora virou "Taca Fogo". Outra que mudou completamente foi "O Dia Seguinte", que no disco "Coleção Nacional" era cantada por Otto e BNegão, e com o vocal do Funk Búia, virou "Machado de Xangô", diz o produtor.
Além da volta aos palcos, os planos do Instituto para este semestre ainda incluem dois projetos com o DJ Dolores (seu segundo disco e a trilha do filme "Os Narradores de Javé") e um disco de música instrumental, "cheio de participações, mas só de músicos, nada de MCs", explica Ganjaman.

INSTITUTO. Onde: Urbano (r. Cardeal Arcoverde, 614, Pinheiros, tel. 3085-1001). Quando: hoje, à 0h. Quanto: de R$ 15 a R$ 30.


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