DA REDAÇÃO

Com um amplo tema principal, "Metrópole", a quinta edição da Bienal Internacional de Arquitetura e Design abre as suas portas hoje e espera receber, segundo a organização do evento, cerca de 300 mil visitantes até 2 de novembro. O tema principal, apesar de sua amplidão, é voltado sobretudo às tentativas de "busca da humanização" e de uma melhor relação entre a arquitetura, o espaço urbano e seus habitantes.
Com curadoria dos arquitetos Pedro Cury e Ricardo Ohtake, a exposição toma o Pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, para dividi-lo em nove módulos.
No mais representativo do tema da mostra, "Exposição Metrópoles", sete cidades (Pequim, Johannesburgo, Tóquio, Berlim, Londres, São Paulo e Nova York) são representadas através das transformações arquitetônicas sofridas recentemente.
As "Representações Nacionais" trazem projetos de várias partes do mundo, enquanto em "Mostras Especiais" ganham lugar homenagens e realizações de nomes de peso, como Oscar Niemeyer, o português Álvaro Siza, os ingleses Norman Foster e Peter Cook, os holandeses do escritório MVRDV e a iraquiana Zaha Hadid. O espaço é aberto também aos trabalhos de 15 arquitetos brasileiros.
Há ainda os módulos "Mostras de Design", "Mostras de Tecnologia", "Exposição Geral de Arquitetos", em que 320 projetos são mostrados e concorrem a prêmios, e "Concurso Internacional de Escolas de Arquitetura", que também coloca em disputa cerca de 30 instituições de ensino.
Dentre as "Mostras Institucionais", destacam-se a apresentação do restauro da Catedral da Sé e a iniciativa do Projeto Monumenta, que leva à Bienal especialistas para a restauração de peças históricas brasileiras.
O "Fórum de Debates" expande a fronteira do edifício do parque Ibirapuera e ganha espaços como o Centro Cultural Banco do Brasil e a Faculdade Mackenzie, sob a coordenação do arquiteto Abílio Guerra. Serão discutidas questões sobre urbanidade, conservação ambiental e violência, em debates que vão reunir participantes como Peter Cook, o francês Christian de Portzamparc, o alemão Karl Jasper, a espanhola Benedetta Tagliabue e o chinês Sun Dan, além de brasileiros como Jorge Jáuregui, Regina Meyer e Nabil Bonduki.
(ALEXANDRA MORAES)