São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2000

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SHOW
Músico encerra a turnê de seu mais recente CD, "Na Pressão", hoje no Tom Brasil, após mais de 120 apresentações
Lenine mostra sua pressão eletrônica

Alexandre Campbell/Folha Imagem
O músico pernambucano Lenine, que se apresenta hoje no Tom Brasil, encerrando a turnê de seu mais recente CD, "Na Pressão"


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O músico pernambucano Lenine encerra, com o show que faz hoje, no Tom Brasil, a turnê de seu mais recente CD, "Na Pressão". Segundo o cantor, esse espetáculo foi apresentado mais de 120 vezes neste ano, sendo que 80 delas ocorreram no exterior.
"Foi um ano bastante atípico, valeu por três", diz Lenine. A turnê internacional ocorreu em dois momentos. Num primeiro estágio, o músico participou de grandes festivais pela Europa, eventos no mesmo estilo do Rock in Rio, para o qual, entretanto, Lenine não foi convidado a participar.
Numa segunda rodada de países (Alemanha, Holanda, Espanha, Inglaterra e, só na França, 13 cidades), pôde se apresentar em teatros e para públicos menores, porém interessados exclusivamente no cantor, que não dividiu o palco com mais ninguém.
"É a prova de que a música brasileira é capaz de vencer a barreira da língua", afirma.
A mistura de rock, música eletrônica e ritmos latinos que Lenine promove em sua música conseguiu cinco indicações para o Video Music Brasil, da MTV, e levou "Na Pressão" a vencer, também neste ano, o prêmio de melhor álbum de MPB concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
"Minha carreira cresceu em progressão geométrica", diz. Foram mais de 30 países visitados, além de todos os grandes centros do Brasil, e quase 100 mil cópias vendidas do mais novo trabalho do músico.
Para o próximo ano, Lenine se engajou em dois projetos. Um deles é um musical que Francis Hime está compondo em homenagem ao Rio de Janeiro em colaboração com vários músicos, entre eles Paulo César Pinheiro.
O segundo é "Cambaio", musical de João e Adriana Falcão com música de Chico Buarque e Edu Lobo. Lenine chega atrasado, pois os ensaios do espetáculo já começaram.
"É provável que um novo disco venha em 2001, mas por enquanto quero pensar apenas nesses dois trabalhos", afirma.
Também está nos planos do compositor relançar o álbum cult "Olho de Peixe" (92), uma parceria com o percussionista Marcos Suzano, a exemplo do que aconteceu com seu primeiro CD, "Baque Solto" (83), que voltou às lojas no ano passado.
Este foi um ano em que Lenine também foi bastante gravado por outros cantores. Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Simone e Fernanda Abreu foram alguns dos artistas.


Show: Na Pressão, com Lenine Quando: hoje, às 22h Onde: Tom Brasil (r. das Olimpíadas, 66, Vila Olímpia, tel. 3845-2326) Quanto: de R$ 30 a R$ 50

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