FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem não o viu no Free Jazz tem agora mais uma chance. Moreno Veloso faz, hoje, mais um show do seu CD de estréia, "Máquina de Fazer Música". É basicamente o mesmo apresentado no festival no mês passado.
Ele sobe ao palco com Domenico Lancelotti e Alexandre Kassim. Juntos, eles tocaram, há dois anos, na reinauguração do mesmo espaço em que agora se apresentam, o auditório do Museu de Arte Moderna (MAM). Foi daí que surgiu o embrião do CD.
Foram três meses de gravação e outros nove de finalização. Moreno só pediu ajuda ao pai, Caetano Veloso, quando foi botar a voz, assunto no qual não se sente à vontade. "Não sou cantor", diz Moreno.
Se não se considera cantor, é, pelo menos, músico e compositor. Frequentou escolas, mas não universidades de música, onde estudou violoncelo, harmonia e composição. Aprendeu a tocar violão aos 9 anos com Almir Chediak, que era professor antes de se dedicar aos songbooks.
A primeira composição, segundo Moreno, foi para uma música do pai, "Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê Ayê", ainda adolescente.
Moreno também participou do CD em que Gilberto Gil homenageou Luiz Gonzaga, tocando violão na faixa "Casinha Feliz". O trabalho de Gonzagão, não por coincidência, estará presente no show, quando o trio interpreta "Imbalança". E Gil também, com "Wolkswagen Blues". "Quero que tudo pareça o mais natural possível com os elementos que nós lutamos para pôr no CD", diz.
Domenico toca bateria eletrônica e percussão. Kassim fica a maior parte do tempo no baixo, e Moreno, no violão e nos vocais. (DC)

Show: Moreno Veloso Quando: hoje, às 21h Onde: Museu de Arte Moderna (av. Pedro Álvares Cabral, portão 3, Ibirapuera, tel. 5549-9688) Quanto: R$ 15


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