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ARTES PLÁSTICAS
O artista lança hoje, no museu Lasar Segall, "cahier d'artiste", um álbum com litografias deste ano
Gerchman descansa da pintura e visita outras linguagens
DA REPORTAGEM LOCAL
Rubens Gerchman lança hoje,
no museu Lasar Segall, o seu "cahier d'artiste" (ou caderno de artista). Trata-se de um álbum com
32 litografias produzidas pelo artista neste ano, com exceção de
uma, de 1962. "É uma espécie de
diário, com desenhos, pensamentos e anotações originais."
Dos 155 exemplares, 25 têm edição especial -encadernados com
seda, guardados em caixas e com
algumas impressões coloridas à
mão. Os 130 restantes são mais
simples: não vêm em caixa nem
têm todas as provas assinadas.
Além do lançamento, Gerchman vai expor as chapas de alumínio usadas na produção das litografias. São imagens de rostos,
pessoas, textos.
O autor de "Lindonéia", obra de
1966 que virou música de Caetano
Veloso, e de uma série de "beijos",
coloridas telas de casais se beijando, afirmou não estar mais pintando como antes.
"O "cahier" é um descanso da
pintura. Tenho pintado, mas menos do que no passado. Estou entremeado em outras linguagens."
Uma delas é a litografia, que, segundo o artista, é uma técnica que
usa desde os anos 60.
Artista cuja imagem esteve ligada à contestação dos anos 60 e 70,
Gerchman disse que carrega hoje
um certo desencanto com a política e com os políticos. "A arte engajada tinha sentido naquela época. A cena política atual é desinteressante." Isso não o impede de se
definir como "angustiado e feliz".
Segundo Maria Fernanda Monteiro de Barros, responsável pela
produção do caderno e mulher do
artista, esse é o primeiro álbum de
uma série. "O próximo será do
Frans Kracjeberg."
(FERNANDA CIRENZA)
Lançamento: "cahier d'artiste" de
Rubens Gerchman (Lithos Edições de
Arte)
Quando: hoje, a partir das 14h30
Onde: museu Lasar Segall (r. Berta, 111,
Vila Mariana, São Paulo)
Quanto: R$ 3.000 (edição especial) e R$
1.800 (edição simples)
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