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ARTES CÊNICAS
Sucesso nos anos 70, musical terá ingressos mais baratos e pretende formar platéias para o gênero
"Grease" aposta em preço e novo público
PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO
Sucesso do cinema interpretado
por Olivia Newton-John e John
Travolta em 1978, "Grease" chega
a São Paulo em formato de musical. Tem previsão de estréia para o
dia 4 de abril, na sala principal do
teatro Sérgio Cardoso.
Com orçamento estipulado em
US$ 1,5 milhão, tendo sido captados até o momento R$ 600 mil e
aprovados por leis de incentivo
R$ 3,8 mi, o espetáculo, segundo
seus produtores, pretende conquistar o público pelo preço (que
chegaria a, no máximo, R$ 60) e
fazer até 12 sessões semanais.
"Calculamos que sairemos do
vermelho com seis meses em cartaz, com sucesso", diz o produtor
José Pando. Para tanto, a produção de "Grease - O Musical",
composta pelas produtoras Brazilian Spotlights e Asa Produções
Culturais, precisaria ainda acertar
outro espaço ou renovar a temporada no teatro Sérgio Cardoso, cedido por três meses.
A fim de dar conta do grande
número de apresentações esperadas, foram selecionados dois elencos, que incluem artistas que já integraram outros musicais
-"Godspell" e "Ópera do Malandro", por exemplo. O primeiro
grupo já está ensaiando; o segundo deve começar os trabalhos
após a estréia. Os cerca de 40 participantes foram escolhidos em
um processo que teve três etapas,
com 600 candidatos iniciais.
Entre os patrocinadores estão o
Banco Volkswagen e a Consigás.
Segundo o produtor Valdir Archanjo, há negociações adiantadas com mais cinco empresas.
Popular
Pando aponta, ainda, as crianças como segmento de platéia a
ser conquistado. "Grease" retrata
a geração que descobriu o
rock'n'roll, nos anos 50. "Temos
como previsão uma temporada
paulistana e outra pelas capitais
brasileiras. Depois pretendemos
voltar a São Paulo, com preços aí
realmente populares, para formar
público. O mercado para os musicais ainda é pequeno."
Escrito para o palco em 71 por
Jim Jacobs e Warren Casey,
"Grease" teve seus direitos autorais cedidos à produção do Brasil
por US$ 20 mil, para dois anos,
com possibilidade de renovação.
Com equipe inteiramente brasileira, o musical já teve sua concepção de direção, cenário, coreografia e figurinos aprovada. Falta ainda o aval dos proprietários dos direitos em relação a algumas das
versões musicais.
Na ficha técnica, há nomes que
já atuaram em musicais e em peças de teatro: a diretora-geral
Christina Trevisan ("Sentimental
Demais"), o diretor musical Rudy
Arnaut ("Lua e Conhaque"), o cenógrafo Renato Scripiliti ("O Beijo da Mulher Aranha", "Rent",
"Major Bárbara"), a coreógrafa
Rosely Fiorelli ("Rent", "O Beijo...") e o "light designer" Guilherme Bonfanti (luz das peças do Teatro da Vertigem).
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