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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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ARTES CÊNICAS

Sucesso nos anos 70, musical terá ingressos mais baratos e pretende formar platéias para o gênero

"Grease" aposta em preço e novo público

PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO

Sucesso do cinema interpretado por Olivia Newton-John e John Travolta em 1978, "Grease" chega a São Paulo em formato de musical. Tem previsão de estréia para o dia 4 de abril, na sala principal do teatro Sérgio Cardoso.
Com orçamento estipulado em US$ 1,5 milhão, tendo sido captados até o momento R$ 600 mil e aprovados por leis de incentivo R$ 3,8 mi, o espetáculo, segundo seus produtores, pretende conquistar o público pelo preço (que chegaria a, no máximo, R$ 60) e fazer até 12 sessões semanais.
"Calculamos que sairemos do vermelho com seis meses em cartaz, com sucesso", diz o produtor José Pando. Para tanto, a produção de "Grease - O Musical", composta pelas produtoras Brazilian Spotlights e Asa Produções Culturais, precisaria ainda acertar outro espaço ou renovar a temporada no teatro Sérgio Cardoso, cedido por três meses.
A fim de dar conta do grande número de apresentações esperadas, foram selecionados dois elencos, que incluem artistas que já integraram outros musicais -"Godspell" e "Ópera do Malandro", por exemplo. O primeiro grupo já está ensaiando; o segundo deve começar os trabalhos após a estréia. Os cerca de 40 participantes foram escolhidos em um processo que teve três etapas, com 600 candidatos iniciais.
Entre os patrocinadores estão o Banco Volkswagen e a Consigás. Segundo o produtor Valdir Archanjo, há negociações adiantadas com mais cinco empresas.

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Pando aponta, ainda, as crianças como segmento de platéia a ser conquistado. "Grease" retrata a geração que descobriu o rock'n'roll, nos anos 50. "Temos como previsão uma temporada paulistana e outra pelas capitais brasileiras. Depois pretendemos voltar a São Paulo, com preços aí realmente populares, para formar público. O mercado para os musicais ainda é pequeno."
Escrito para o palco em 71 por Jim Jacobs e Warren Casey, "Grease" teve seus direitos autorais cedidos à produção do Brasil por US$ 20 mil, para dois anos, com possibilidade de renovação.
Com equipe inteiramente brasileira, o musical já teve sua concepção de direção, cenário, coreografia e figurinos aprovada. Falta ainda o aval dos proprietários dos direitos em relação a algumas das versões musicais.
Na ficha técnica, há nomes que já atuaram em musicais e em peças de teatro: a diretora-geral Christina Trevisan ("Sentimental Demais"), o diretor musical Rudy Arnaut ("Lua e Conhaque"), o cenógrafo Renato Scripiliti ("O Beijo da Mulher Aranha", "Rent", "Major Bárbara"), a coreógrafa Rosely Fiorelli ("Rent", "O Beijo...") e o "light designer" Guilherme Bonfanti (luz das peças do Teatro da Vertigem).


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