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ARTES PLÁSTICAS
Artista radicada em Londres há dez anos expõe, a partir de hoje, 13 obras na galeria Thomas Cohn
Luzzati procura indeterminação na pintura
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na cruzada em defesa da pintura que o galerista Thomas Cohn
vem se empenhando, a mostra de
Mariannita Luzzati representa
mais um passo na defesa de um
suporte que já teve sua morte e
ressurreição decretadas em vários
momentos.
Indiferente a tal debate, Luzzati
continua a explorar o universo de
pincéis e telas. "Nunca me senti
tentada a utilizar outros meios.
Por viver em Londres, convivo
num meio onde a produção de
pintura é muito grande e sua presença nos museus é uma constante", diz a artista.
Nas 13 obras que Luzzati apresenta, a partir de hoje, surge uma
nova palheta de cores em sua carreira, mais fortes e vívidas. "Talvez isso seja uma reação a viver na
Europa. Lá, entendi melhor a cultura brasileira e passei a me apropriar de seus elementos", afirma a
artista.
Apesar da energia das cores, as
pinturas indicam uma certa melancolia pela utilização de figuras
enegrecidas e com contornos incertos, inspiradas em fotos de jornais. Com isso, as obras ganham
uma "carga de mistério", como
afirma Agnaldo Farias, no texto
do catálogo. "Busco a fluidez, a indeterminação", explica Luzzati.
NOITE ALTA - mostra com 13 pinturas
recentes de Mariannita Luzzati, artista
brasileira radicada em Londres. Onde:
galeria Thomas Cohn (av. Europa, 641,
tel. 3083-3355). Quando: abertura hoje,
às 20h; de ter. a sáb., das 11h às 19h; até
19/10. Quanto: entrada franca; obras de
U$ 3.000 a US$ 12 mil.
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