São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

Texto Anterior | Índice

ARTES PLÁSTICAS

Artista radicada em Londres há dez anos expõe, a partir de hoje, 13 obras na galeria Thomas Cohn

Luzzati procura indeterminação na pintura

FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Na cruzada em defesa da pintura que o galerista Thomas Cohn vem se empenhando, a mostra de Mariannita Luzzati representa mais um passo na defesa de um suporte que já teve sua morte e ressurreição decretadas em vários momentos.
Indiferente a tal debate, Luzzati continua a explorar o universo de pincéis e telas. "Nunca me senti tentada a utilizar outros meios. Por viver em Londres, convivo num meio onde a produção de pintura é muito grande e sua presença nos museus é uma constante", diz a artista.
Nas 13 obras que Luzzati apresenta, a partir de hoje, surge uma nova palheta de cores em sua carreira, mais fortes e vívidas. "Talvez isso seja uma reação a viver na Europa. Lá, entendi melhor a cultura brasileira e passei a me apropriar de seus elementos", afirma a artista.
Apesar da energia das cores, as pinturas indicam uma certa melancolia pela utilização de figuras enegrecidas e com contornos incertos, inspiradas em fotos de jornais. Com isso, as obras ganham uma "carga de mistério", como afirma Agnaldo Farias, no texto do catálogo. "Busco a fluidez, a indeterminação", explica Luzzati.


NOITE ALTA - mostra com 13 pinturas recentes de Mariannita Luzzati, artista brasileira radicada em Londres. Onde: galeria Thomas Cohn (av. Europa, 641, tel. 3083-3355). Quando: abertura hoje, às 20h; de ter. a sáb., das 11h às 19h; até 19/10. Quanto: entrada franca; obras de U$ 3.000 a US$ 12 mil.



Texto Anterior: Abdel Rahman El Bacha: Suspenso e transparente no ar gelado do jardim
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.