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EVENTO
Filme de Daniela Thomas e Walter Salles passou ontem no Unibanco
"O Primeiro Dia" embala discussão sobre o Brasil
especial para a Folha
Globalização, exclusão social, desemprego. Os assuntos discutidos
não faziam a pauta
de uma reunião no
Congresso, mas do "2000 Visto
por...", debate organizado na terça passada pela Folha, 23ª Mostra
de Cinema e Espaço Unibanco.
O teor político da mesa-redonda se deu graças à exibição de "O
Primeiro Dia", às 21h, antes do
debate mediado por Leon Cakoff,
diretor da Mostra de Cinema.
O filme, de Daniela Thomas e
Walter Salles, fala sobre os excluídos sociais e a classe média à virada do ano, a esperança e chance
de progresso e conciliação.
Salles e Daniela Thomas, o deputado federal e colunista da Folha Fernando Gabeira, o escritor
Zuenir Ventura e o psicanalista
Jurandir Freire Costa comentaram o filme e a situação do Brasil,
debatendo com o público que lotou a sala 1 do Unibanco.
Zuenir Ventura leu um texto escrito sobre o impacto que "O Primeiro Dia" lhe causou. Depois,
comentou que o Rio de Janeiro é
um "trailer do Brasil", que evidencia seus contrastes sociais.
Gabeira, que também teceu fortes elogios ao filme, disse que a situação do país tende a piorar, a
curto prazo, com o desemprego.
Já Freire citou Freud: "O infeliz
não pode ser solidário". Fez uma
analogia dos animais dizendo que
as "trutas sobrevivem porque nadam contra a corrente, como Salles e Thomas e seu filme".
E Salles citou Brecht para resumir seu filme: "Aquilo que nós
mais tememos pode trazer nossa
libertação", disse, se referindo aos
marginalizados pelas elites.
(PSL)
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