free-lance para a Folha

Eduardo Coutinho subiu o morro novamente. Desta vez, por conta de um projeto para uma rede de TV, que nunca se realizou, mas que foi aproveitado na concepção de um documentário. É "Santo Forte", exibido hoje, às 20h, no Itaú Cultural.
Após a sessão, haverá debate com o diretor, que também realizou "Cabra Marcado para Morrer" e "Santa Marta - Duas Semanas no Morro".
"Santo Forte" recebeu o Prêmio Especial do Júri no último Festival de Gramado. É mais um documentário que aborda a religiosidade, mas, ao contrário de "Fé", de Ricardo Dias, que estréia na cidade no próximo dia 5, o filme de Coutinho não pretendeu descrever um mosaico sobre a religiosidade em várias regiões do país, o que seria quase uma obrigação se ele tivesse feito desse material uma série para a televisão.
"Santo Forte" limita-se a um universo muito particular, a favela Vila Parque da Cidade, na Gávea, Rio de Janeiro. Coutinho escreve na sinopse do filme que se interessou pelas relações entre as diversas crenças e o cotidiano, expressas pelas representações populares. "Porque as representações são tão importantes quanto as relações sociais reais que aquelas tentariam encobrir e idealizar", diz. Amanhã e sexta-feira são exibidos, respectivamente, "Cabra Marcado" e "Santa Mar-ta". (CAC)


O quê: pré-lançamento de Santo Forte e debate com o diretor Quando: hoje, às 20h Onde: Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel.: 238-1816) Quanto: entrada franca


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