|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FREE JAZZ FESTIVAL
Latinos dominam
a noite dos novos
DA REPORTAGEM LOCAL
A América Latina está em foco
hoje no Free Jazz 2001 e confere ao
palco dedicado às novas tendências uma cor multiculturalista.
Ocupam o palco New Directions
do festival, a partir das 19h, o Nordeste brasileiro, com o Cordel do
Fogo Encantado, a Colômbia,
com o Sidestepper, e Cuba, com
os Orishas.
Formado em Arcoverde, a 252
km de Recife (PE), o Cordel do
Fogo Encantado tem origem teatral e costuma brincar com elementos como poesia popular e de
cordel, embolada e outros ritmos
pernambucanos, percussão e presença de palco (Lirinha, 24, o líder
do grupo, já foi rotulado de "Jim
Morrison brasileiro").
"Cordel do Fogo Encantado", o
álbum independente com que o
grupo estreou em disco, foi lançado no início deste ano e conta
com produção musical do histórico percussionista pernambucano
Naná Vasconcelos. Entre as faixas, aparecem títulos como "A
Chegada de Zé do Né na Lagoa de
Dentro", "Chamada dos Santos
Africanos", "Os Oím do Meu
Amor" e "Ai se Sesse".
Em seguida vem o Sidestepper.
Sediado em Bogotá, o grupo é
coordenado por um produtor inglês (Richard Blair, que já trabalhou com Brian Eno e Peter Gabriel) e tem formação itinerante
de músicos.
O mais recente disco, "More
Grip" (2000), foi editado no Brasil
neste ano pela gravadora Trama.
Antes, a banda lançou "Southern
Star" (97) e o EP "Logozo" (99).
Reprocessamento eletrônico
(com elementos de tecno e
drum'n'bass) de gêneros latinos
tradicionais, como salsa e cumbia,
é o eixo musical do grupo, que
costuma se fazer acompanhar por
DJs no palco.
Quem fecha a noite das "novas
direções" é o festejado grupo de
hip hop Orishas. Cubanos radicados em Paris, os Orishas fazem
rap adotando matrizes como a
música tradicionalista de Compay Segundo, ícone da velha-guarda de Cuba (regravaram em
hip hop sua "Chan Chan", renomeada "537 Cuba").
De nome inspirado no culto aos
orixás afro-cubanos, o grupo é
formado pelos rappers Yotuel
"Guerrero" Manzanares, Hiram
"Ruso" Riverí, Liván "Flaco-Pro"
e Roldán Rivero.
O disco de estréia dos Orishas,
"A lo Cubano" (2000), foi produzido pelo francês Niko. Também
já ganhou edição no Brasil, pela
Universal Music.
Texto Anterior: 25ª Mostra BR de Cinema de São Paulo - "En la Puta Vida": "Linda mulher" perde a maquiagem Próximo Texto: Pose: Individualização do look é a pedida do evento hoje Índice
|