São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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Com 5 videoinstalações, alemão Marcel Odenbach alterna realidade e ficção

DA REPORTAGEM LOCAL

No início dos anos 70, quando o vídeo passou a ser utilizado por artistas, duas vertentes se configuraram: uma que investigava mais sobre o próprio meio, especialmente em relação ao formato televisivo, caso de Bruce Nauman ou Nan June Paik, enquanto outra buscava diálogos com a produção cinematográfica da época.
Desta última, um dos grandes destaques é o alemão Marcel Odenbach, 54, um dos oito artistas convidados para o 16º Videobrasil, que ocupa um andar inteiro no Sesc Paulista, com cinco videoinstalações e mais dez filmes exibidos, de forma ininterrupta, em dois programas.
"Eu não fiz escola de arte e fui trabalhar com vídeo porque sempre fui fascinado pelo audiovisual; queria ter uma produção independente e por isso nunca quis fazer cinema, apesar de ser um espectador de Godard e Bergman", disse Odenbach, na montagem de sua mostra, na última quarta, em São Paulo.
Odenbach transita entre o real e o fictício. "Gosto da idéia de que posso mentir com imagens, pois trabalho com informações objetivas, muitas vezes roubando essas imagens de algum arquivo, e misturando-as a outras que são encenadas", diz o artista.
Na mostra, estão desde seu primeiro trabalho "Para Ficar de Bom Humor ou o Desmancha-prazeres", de 1977, até sua mais recente obra, "Lugares Perturbados - Cinco Variações sobre a Índia", finalizado há poucos dias e produzido pelo Videobrasil.
Ele também exibe trabalhos sobre o nazismo ("A Grande Janela") e o genocídio em Ruanda ("In Still Waters Crocodiles Lurk" (jacarés espreitam em águas paradas). (FCY)


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