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Jardim transpõe sua
poética para a pintura
DA REPORTAGEM LOCAL
O assunto da exposição de
Evandro Carlos Jardim que começa hoje é a paisagem de "até
onde a vista alcança", a partir de
seu pequeno ateliê, em Santo
Amaro. "Trabalho com meu entorno imediato, me aproximo dele com fidelidade, questionando o
que significa ver algo", afirma.
Junto de suas gravuras em preto-e-branco, estão expostas dez
têmperas. "Eu procuro inventar
sintaxes lineares para encontrar o
melhor meio de transmitir uma
idéia, não importa se por meio da
pintura ou da gravura."
Como gravador, Jardim utiliza
matrizes de madeira ou metal.
Tradicionalmente, esgotada a tiragem de uma gravura, a matriz é
desprezada. "Eu tentei contrariar
esse princípio mantendo a matriz
aberta a outras intervenções."
Na pintura, seu procedimento é
semelhante. No caso da obra "R.
da Casa da Praia", uma árvore é
pintada no canto superior da tela
toda preta e, ao lado da pintura,
há outra menor mostrando a
mesma árvore. "Ela oferece a possibilidade de ver um objeto de diferentes distâncias apenas alterando o campo de visão."
(JMo)
Exposição: Evandro Carlos Jardim
Onde: Múltipla de Arte (av. Morumbi,
7.986, Brooklin, tel. 241-0157)
Quando: hoje, às 20h. De seg. a sex., 10h
às 19h; sáb., 10h às 14h. Até 23/12
Quanto: obras de R$ 600 a R$ 8.000
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