da Reportagem Local

O empobrecimento acelerado do país pode servir de estímulo ao uso do búfalo nos campos brasileiros.
""O búfalo é extremamente rústico. Produz em condições precárias de manejo e é o preferido em países pobres como a China e a Índia."
Quem afirma é João Carlos de Matos, pesquisador aposentado da Secretaria da Agricultura paulista e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalo.
Matos acredita que, ""cada vez mais descapitalizadas", as fazendas nacionais irão dispor de pouca tecnologia.
""Os bovinos, sejam de leite ou de corte, exigem instalações, insumos e técnicas caras para a sua manutenção, ao contrário do búfalo, que produz carne e leite e cuja exploração não exige altos investimentos."
Matos diz que, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, uma experiência iniciada em 1990 está dando resultados.
Convênio entre a secretaria e a associação permitiu que alguns sitiantes recebessem, cada um, dez fêmeas e um macho para exploração de leite. Eles quitaram suas dívidas entregando às entidades alguns dos bezerros que nasceram.
Segundo Matos, cada lote de 11 animais fica acomodado em áreas de três alqueires. Esses sitiantes ganham dinheiro tirando leite e vendendo a produção a um laticínio local que fabrica queijo. ""A renda de cada um fica ao redor de R$ 600/mês."


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