São Paulo, Terça-feira, 03 de Agosto de 1999
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Produtividade é baixa no AM

LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém

A produtividade das plantações de guaraná no Amazonas é menor que a da Bahia. A média da produtividade no interior do Amazonas varia entre 150 kg a 200 kg por hectare, contra 500 kg a 600 kg por hectare na Bahia.
As principais razões para a diferença são a falta de manejo adequado e a idade das plantas no Amazonas.
Segundo o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa no Amazonas, José Jackson Xavier, os guaranazeiros na região chegam a 40 anos de idade, enquanto na Bahia as primeiras plantações datam de 15 a 20 anos atrás.
Xavier afirmou, porém, que aos poucos os produtores amazonenses estão aprendendo a utilizar o manejo adequado. Em 1983, pesquisadores da Embrapa descobriram que a utilização de séries clonadas (nas quais se plantam galhos das melhores árvores) traz mais rendimento que a plantação com sementes.
Enquanto um guaranazeiro clonado produz de 400 kg a 600 kg por hectare, o plantado com a semente registra uma produtividade de 40 kg a 100 kg por hectare.
O presidente do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas), Sidney Leite, disse que problemas com pragas são muito comuns na região.
A antracnose, que ataca a folha e o fruto, e o inseto tripes, conhecido como "lanterninha", que ataca a árvore durante a floração, são as mais frequentes.
Os maiores compradores do guaraná são as indústrias de refrigerantes Antarctica e Brahma.


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