São Paulo, Terça-feira, 03 de Agosto de 1999
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Cotações da soja acumulam perdas de 9,5% em Chicago

da Reportagem Local

Os preços da soja despencaram 9,5%, na semana passada, na Bolsa de Chicago (EUA), local que dita o comportamento da commodity no mercado internacional.
Este mês é decisivo para o mercado traçar uma previsão de valores a serem pagos pela soja, pois é nesta época do ano que ocorre a formação de grãos nas lavouras dos EUA, o maior país produtor do grão no mundo.
A queda de preços ocorrida na semana passada foi provocada pelas chuvas que atingiram o Meio-Oeste norte-americano, a principal região produtora de soja daquele país.
A desvalorização da soja também foi sentida no bolso dos agricultores brasileiros, que já terminaram praticamente a colheita.
No interior do Paraná, Estado líder na produção de soja do Brasil, o preço da saca de 60 kg de soja passou de R$ 15 para R$ 14,50, em média, refletindo a queda verificada na Bolsa norte-americana.
Os produtores de soja do Paraná já comercializaram cerca de 70% da soja colhida no Estado. Nesta safra, os agricultores produziram 7,7 milhões de t.
Previsões do Usda (Departamento da Agricultura dos EUA) mostram que os agricultores norte-americanos deverão colher de 79 milhões de t a 80 milhões de t.
Caso as previsões sejam concretizadas, será a terceira safra consecutiva recorde de soja dos EUA.
Atualmente, está ocorrendo a formação dos grãos nas plantações norte-americanas de soja, fase considerada de alto risco pelos analistas internacionais.
Na opinião de Fernando Muraro, analista de mercado da Cotriguaçu (Cooperativa Central Regional de Iguaçu), em Cascavel (PR), os agricultores brasileiros vão viver os próximos 30 dias mais tensos do ano. "Se o clima ajudar os EUA, os preços vão despencar ainda mais no mundo."


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